quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TV por assinatura atinge 7,6 milhões de lares

Em 2009, setor cresceu 18,24% no País; somente em janeiro, quase 150 mil novas assinaturas foram registradas

Mais de 7,6 milhões de lares brasileiros já dispõem de TV por assinatura. O balanço foi divulgado nessa última quarta-feira, 24, e faz parte do relatório da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) referente ao desempenho do setor no último mês de janeiro.

No primeiro mês de 2010, 149.913 novas assinaturas foram habilitadas para o setor, o que fez com que a base de usuários da TV por assinatura crescesse 2,01% em relação ao mês de dezembro de 2009. A expansão é bem maior do que a obtida no primeiro mês do ano anterior, que contabilizou uma adesão 1,14% maior de assinantes do que o total registrado em dezembro de 2008.

Considerando todo o ano de 2009, o setor de TV por assinatura do Pais obteve um crescimento de 18,24%, o maior registrado desde o início desse sistema de mensuração da Anatel, em 2006. Se forem aplicados os critérios populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - que estima uma existência média de 3,3 pessoas para cada domicílio - chega-se a um total estimado de 25 milhões de brasileiros com acesso à programação da TV paga.

Crescimento regional
Entre todas as regiões brasileiras, a que mais colaborou para a expansão do setor foi a Norte, que encerrou o ano de 2009 com 33,94% a mais de usuários de TV por assinatura do que o obtido ao final de 2008. Na sequência do crescimento aparece a região Nordeste, que ampliou em 24,85% sua base de assinantes. Em terceiro lugar ficou o Sudeste, com crescimento de 20,08%, seguido do Centro-Oeste ( 15,56%) e do Sul (14,52%).

Fonte: Meio & Mensagem

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Conar abre processos contra campanha da Devassa

Por Alexandre Zaghi Lemos, atualizada às 17:00
24 de Fevereiro de 2010 às 10:54

Órgão vai analisar se houve abuso no apelo sexual das peças protagonizadas por Paris Hilton

O Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu três processos contra a campanha de lançamento da Devassa Bem Loura, criada pela Mood para o Grupo Schincariol.

O primeiro deles teve origem em representação formal apresentada por consumidor, que reclama da abordagem sensual das peças, protagonizadas pela socialite americana Paris Hilton. A reclamação, envolvendo a veiculação da campanha em todas as mídias, foi analisada e acolhida pelos advogados do Conar, que já encaminharam o processo a um dos cerca de 180 conselheiros do órgão, escolhido para ser o relator da matéria.

Em seu Anexo P, que trata da publicidade de cervejas e vinhos, o código do Conar diz que "eventuais apelos à sensualidade não constituirão o principal conteúdo da mensagem", e acrescenta que "modelos publicitários jamais serão tratados como objeto sexual".

O segundo processo contra a campanha foi aberto por iniciativa do próprio Conar, que questiona uma promoção realizada no site da Devassa Bem Loura. No entendimento do órgão, ações promocionais envolvendo bebidas alcoólicas não podem representar estímulo ao consumo excessivo.

Um grupo de funcionários do Conar tem a missão de monitorar a publicidade veiculada no País e abrir processos quando encontrar alguma irregularidade. É o que o órgão chama de "processos abertos de ofício" pelo próprio Conar, sem a necessidade de denúncias externas. Este tipo de processo representa cerca de 1/3 do total de casos analisados pelo órgão.

Na tarde desta quarta-feira, 24, um terceiro processo foi aberto por solicitação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão que tem status de ministério no governo federal e já recorreu ao Conar em ocasiões anteriores. Desta vez, a alegação é a de que o site da Devassa tem conteúdo sexista e desrespeitoso à mulher.

De posse do ofício da secretaria, o Conar resolveu abriu um terceiro processo, especificamente para tratar do site da marca.

Após o anunciante e a agência responsáveis pela campanha da Devassa Bem Loura serem comunicados oficialmente sobre a abertura dos processos, haverá prazo de 10 dias para apresentação de defesa por escrito.

Veja o comercial:



Fonte: Meio & Mensagem

Colaborador de jornal plagia textos de oito blogueiros

Izabela Vasconcelos, de São Paulo

Conhecido na web como Roberto Chalita, o internauta, que se identifica como contador, é acusado de plagiar textos de oito blogueiros, usar em sua página na internet e no blog hospedado pelo Jornal de Vinhedo, veículo em que foi afastado como colaborador. A acusação é feita por Eduardo Goldenberg, Arthur Tirone, Bruno Ribeiro, Fernando Szegeri, Luiz Antonio Simas, Leonor Macedo, Paulo Thiago e Felipe Quintans.

Além de copiar os textos para seus dois blogs, Boteclando e Boteco Pensante, todos já retirados do ar, Chalita usava fotos e histórias pessoais dos blogueiros como se fossem suas. Na maioria das vezes os textos eram publicados na íntegra, com alterações dos nomes dos personagens apenas. Em muitos casos, a publicação aconteceu um ou dois dias após a publicação do texto original. Os plágios aconteceram por quase um ano, desde março de 2009.

Além de usar uma foto do avô de um dos blogueiros como se fosse o seu, Chalita publicou a foto do cachorro de estimação do advogado Eduardo Goldenberg como se fosse uma foto tirada por ele, em uma de suas “coberturas” para o blog.

Goldenberg, autor do blog "Buteco do Edu", diz que o número de textos plagiados foi grande, além de um poema e de uma receita culinária de sua autoria. Até mesmo a frase de apresentação do blog era copiada de Felipe Quintans, amigo de Goldenberg.

“Durante mais de onze meses, quase um ano!, Roberto Chalita publicou, como se fossem seus, textos nossos na íntegra, valeu-se de fotografias (minhas, na grande maioria das vezes) que retratam nosso dia-a-dia, usurpou expressões que são marcas nossas, viveu nossa vida, frequentou nossos bares, foi amigo de nossos amigos...”, conta Goldenberg em seu blog.

O blogueiro chegou a mesclar textos, como o de Fausto Wolff e de Fernando Szegeri, publicados respectivamente na contra-capa e na orelhado livro de Goldenberg, “Meu lar é o botequim”, editado pela Casa Jorge Editorial.

Para encerrar a série de plágios, o blogueiro publicou o texto “Desfile de uma Escola de Samba”, no dia 06/02, horas depois de “Breve Introdução sobre o desfile de uma escola de samba – regras e objetivo, de Bruno Ribeiro.

A mais recente descoberta de plágio foi a do texto “As figas de papai e o tricampeão da copa do Brasil”, da jornalista Leonor Macedo, publicado no blog Eneaotil, hospedado pelo UOL na revista TPM. O mesmo texto foi copiado por Chalita, que mudou apenas o título para “As figas de meu avô”.

“Eu consultei alguns amigos, inclusive jornalistas, e ninguém nunca viu nada parecido”, diz Goldenberg, que, em uma ação conjunta com os outros blogueiros, pretende contratar um advogado na área cível e criminal para processar Chalita. Mesmo sendo advogado, Goldeberg explicou que não pretende atuar na própria causa por uma questão ética.

Cópia de comentários
Além do plágio de textos e fotos, o blogueiro também copiou dois comentários, alterou os nomes dos autores, e publicou abaixo do texto “Não quero lágrimas para o Haiti”, plagiado de Bruno Ribeiro.

Jornal afirma desconhecer plágios
O editor do Jornal de Vinhedo, Rafael Von Zuben, disse que não tinha conhecimento de que os textos de Roberto Chalita eram plagiados, e afirmou que o conteúdo da coluna publicada na versão impressa não deviam ter sido copiados, mas escritos por ele mesmo.

“Não sabia disso, mas assim que soubemos já tirei o blog do ar. Acredito que os textos dele na versão impressa não eram plagiados, porque tratavam somente dos bares da região de Vinhedo, mesmo assim ele sairá da coluna”, explicou.

Rafael diz que se sentiu muito prejudicado com a situação. “Eu fiquei muito chateado com isso, nunca copiamos nada. Ele nos prejudicou também”, afirmou.

O outro lado
Procurado pela reportagem, Chalita não quis comentar o assunto e afirmou que não tem interesse em levar o caso adiante, além do que já foi publicado sobre ele.

De acordo com Goldenberg, Chalita lhe enviou vários e-mails com explicações e pediu que conversassem sobre o assunto, mas o advogado se recusou. Goldenberg disse que o blogueiro tem culpado uma depressão ou transtorno bipolar, pela perda do emprego de contador, como motivo para os plágios. Segundo conta Goldenberg, Chalita disse viver a vida dos plagiados o "mantém vivo".

Fonte: Comunique-se

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Com8s, misto de Google Wave com ensino à distância, estreia amanhã

Divulgação/Foresee - Tela do novo site: avaliações e tarefas em ambiente colaborativo

Publicado em 22/02/2010 | André Lückman
Uma nova versão de rede colaborativa, voltada para profissionais do meio acadêmico, será lançada amanhã em Curitiba. O Com8s – um trocadilho com o termo “co­­mates”, que quer dizer “colegas” – é um sistema de código aberto que centraliza diversos aplicativos da web com o objetivo de facilitar e intensificar a relação de grupos de estudo. Em seis meses uma no­­va versão, com foco corporativo, de­­ve ser lançada, de acordo com o sócio e desenvolvedor da Foresee So­­lutions, Alfredo Kugeratski Sou­­za.

As funcionalidades do sistema, em princípio, não são desconhecidas para quem já trabalha com o Google Wave ou o Moodle – aquele programa também de código aberto utilizado por grupos de educação a distância. O Com8s organiza as discussões em grupo, realização de tarefas e avaliações, levantamento de pesquisas, compartilhamento de arquivos, gerenciamento de notícias e a comunicação em áudio e videoconferência.

O avanço do lançamento, no entanto, reside na simplicidade: enquanto o Moodle é contratado por instituições de ensino e demanda contratação de empresas certificadas, o Com8s é centralizado no professor – foi criado para ser gerenciado diretamente pelo próprio educador, dispensando a participação da instituição na criação de um ambiente colaborativo virtual.

“Estamos oferecendo novas alternativas de comunicação e de interatividade profissional com mais simplicidade. Não é necessário gastar com licenças, manutenção, instalação e atualização de softwares”, diz Souza.

De acordo com ele, o Com8s terá uma versão gratuita, e também outras versões pagas para usuários avançados, com mais limite de espaço em disco, taxas de transferência de arquivos e dados ou ampliação de usuários cadastrados na mesma rede.

Futuro
A segunda etapa do Com8s prevê a ampliação de ferramentas e geração de relatórios, para atender também empresas. “Grandes empresas poderão ter aplicativos específicos para seus setores. O Com8s pode centralizar todos os arquivos do departamento de marketing ou financeiro, por exemplo, e independentemente da região geográfica em que os colaboradores estiverem no momento pode ser realizada uma reunião em teleconferência para decidir determinado assunto”, diz Souza.

De acordo com ele, o único requisito para o Com8s é um bom link para a internet, dispensando a necessidade de computadores potentes. “O sistema de nuvem mantém todos os arquivos disponíveis online. Com um simples netbook você consegue estar conectado ao sistema e às suas funcionalidades”, diz.

O Com8s será lançado oficiamente amanhã, a partir de quando novas informações devem estar disponíveis no site http://com8s.com/.

Fonte: Gazeta do Povo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Jornalista é ameaçado e acusado de crimes em ataque virtual

Izabela Vasconcelos, de São Paulo

O jornalista Rubens Coutinho, editor do tudorondonia.com, vem recebendo uma série de e-mails com ameaças de morte e agressão, além de ter sido acusado, em um blog que considera “pirata”, de pedofilia contra quatro crianças. Nesta sexta-feira (19/02), o jornalista deve se encontrar com a Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, do Ministério Público de Rondônia, que irá investigar o ataque virtual.

Coutinho diz que passou a receber os e-mails com ameaças desde que publicou matérias criticando a gestão do senador Acir Gurgacz (PDT) e Cleomar Eustáquio, apontado como “marketeiro” do político. Antes disso, diz ter sido procurado por um suposto emissário do senador, que teria pedido, sutilmente, que o jornalista deixasse de publicar informações contra o parlamentar.

Jornalista descarta envolvimento de político
Coutinho, porém, ressalta que não desconfia de Gurgacz. “Não acuso ele, não tenho ele como suspeito. Ele não perderia o tempo com uma mesquinharia dessas. Deve ter sido alguém que tomou as dores por ele ou até alguém do meio jornalístico que queira me difamar”, afirmou.

Só na última quarta-feira (17/02), Coutinho recebeu seis e-mails com ameaças fortes, que falam de agressão física e morte. O blog, de um suposto Antonio Zacarias, acusa o jornalista de pedofilia e chega a citar a Polícia Federal como fonte, mas a página não possui e-mail ou fale conosco para contato.

“Estão tentando me desmoralizar, porque tenho um site independente e combativo. Temo pela minha vida, mas não vou deixar de trabalhar”, afirma o jornalista, que ressaltou que tem mais de 30 processos por seu trabalho jornalístico.

Senador nega participação no caso
Por meio de nota enviada ao jornalista, o senador negou que tenha qualquer envolvimento no caso e diz que preza pela imprensa livre. “As notícias veiculadas no seu site de web jornalismo não me desagradam. Sou totalmente a favor da imprensa livre. A população de Rondônia, de Brasil ou de qualquer canto do mundo, precisa ter acesso à informação, à verdade. A democracia depende da veiculação livre de informação produzida com consciência, compromisso, responsabilidade e transparência – elementos fundamentais para uma política mais honesta”, diz o texto.

A assessoria de imprensa de Gurgacz também negou que Cleomar Eustáquio seja “marketeiro” do senador e que algum emissário do político tenha procurado o jornalista para inibir a publicação de matérias sobre o parlamentar.

Fonte: Comunique-se

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Circulação de jornais cai 3,5% em 2009, aponta IVC

Izabela Vasconcelos, de São Paulo

A crise econômica de 2009 também atingiu o mercado brasileiro de jornais. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC) nesta quinta-feira (11/02), a queda foi de 3,5% no último ano, em relação a 2008. Em 2009, circularam em média 4.200.743 exemplares de jornais por dia, enquanto no ano de 2008 o volume era de 4.351.400. O instituto analisou os números de 101 títulos filiados à entidade.

Ao comparar apenas os veículos existentes em 2008 (94 jornais), a queda na circulação foi de 4,7%. Em dezembro, a redução ficou em 3%, um índice de recuperação no final do ano.

O presidente do IVC, Pedro Martins Silva, acredita que a queda é resultado da crise econômica mundial enfrentada em 2009."O movimento que abalou vários setores da economia também afetou o segmento de jornais e o impacto foi mais forte nos primeiros seis meses de 2009. Com o arrefecimento da crise, o setor começou a recuperar-se e, em dezembro, a retração era de 2%", explica.

Para o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), a queda já era esperada. “Sem dúvida foi decorrente da crise, basta ver o que aconteceu na indústria brasileira, com queda de 7%. Isso já era esperado”.

Pedreira acredita na recuperação do mercado e enfatizou o crescimento dos últimos anos no setor, que em 2008 chegou a 8%. “Vínhamos com um crescimento muito forte, decorrente de uma situação específica do Brasil, e pelo aumento dos jornais populares. Agora vamos nos recuperar dessa queda. É difícil imaginar que será nos mesmos níveis de antes da crise, mas vamos conseguir recuperar”, declarou.

Fonte: Comunique-se

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Photoshop completa 20 anos; conheça a história


Um dos softwares mais famosos da história completa nesta quarta 20 anos de sucesso ininterrupto. Não é preciso explicar em minúcias o que é o Adobe Photoshop, pois ele está envolvido em todo tipo de produção visual impressa, em vídeo ou na internet. Computadores participam de todo o processo criativo; o Photoshop está sempre presente como caixa de ferramentas virtual para o designer, artista, fotógrafo, ilustrador ou engenheiro.

O Photoshop surgiu comercialmente como um software de retoque para fotografias digitalizadas em scanner. O próprio scanner digital era uma curiosidade rara em 1990. Mas as funções de retoque de imagem do primeiro e humilde Photoshop já eram poderosas e fascinantes - um vislumbre de infinito potencial artístico.

O talento do programa consolidou-se com a adição de recursos de design, composição e automação. Uma vantagem importante desde o início foi a possibilidade de acrescentar funções novas através de plug-ins; foi daí, aliás, que surgiu a ideia de extensões que temos hoje em navegadores da web.

Os primeiros filtros e funções de edição do Photoshop continuam disponíveis na versão mais atual, mas raramente encontram aplicação, pois foram suplantados por outros mais modernos e eficazes. A acumulação de funções ao longo de duas décadas explica porque partes do programa são arcaicas e obscuras enquanto outras parecem transplantadas de algum outro lugar.

A história do software
O Adobe Photoshop começou como projeto diletante de um par de irmãos norte-americanos, fãs de fotografia por influência paterna. John Knoll era então, e ainda é hoje, um supervisor de efeitos visuais para cinema da Industrial Light & Magic, a empresa pioneira fundada por George Lucas. Em 1987, ele estava investigando a possibilidade de usar sistemas computadorizados para gerar e manipular imagens de efeitos visuais para filmes. Além da computação gráfica em 3D, ele esperava também poder fazer retoques localizados e alterações tonais - um campo então pouco explorado da manipulação visual. Fotografia e design nem passavam por sua cabeça, inicialmente.

Thomas Knoll cursava Engenharia na Universidade de Michigan. Estava criando num Mac Plus um software de processamento de imagem para sua tese de doutorado. O nome do programinha era Display, porque sua função original era simular tons de cinza na tela do Mac, que só suportava pixels totalmente brancos ou pretos. John viu um potencial comercial no Display e incentivou o irmão a colocar mais funções no programa. Thomas trancou a faculdade e mergulhou no projeto junto com o irmão.

A primeira versão preliminar do aplicativo com uma aparência mais acabada, chamada ImagePro, rodou em setembro de 1988. Nessa altura, o software já era mais avançado que tudo que existia então no mercado. John foi procurar alguma empresa de software do Vale do Silício para fazer a comercialização.

O programa, renomeado para PhotoShop (inicialmente com S maiúsculo), foi distribuído por um fabricante de scanners chamado Barneyscan. Logo depois, porém, os irmãos fecharam um acordo com a Adobe, empresa que fizera fama e fortuna com o sistema PostScript de impressão computadorizada. A Adobe acolheu o produto, sem adquiri-lo completamente, pagando royalties aos irmãos. O Photoshop da Adobe foi oficialmente lançado, após dez meses de desenvolvimento adicional, em 10 de fevereiro de 1990, somente para Apple Macintosh.

A Adobe plantou o Photoshop no mercado sem pretensões exageradas, com uma confiança tranquila de que ele poderia dar frutos mais adiante. E efetivamente, o Photoshop estabeleceu-se como líder absoluto em seu segmento, obliterando muitos concorrentes que surgiram e cujos nomes hoje estão esquecidos. Alguns deles, como Altamira Composer e Macromedia XRes, chegaram a ser mais avançados que o Photoshop em sua época, mas não resistiram à concorrência.

O sucesso da Apple e da Adobe entre profissionais de imagem digital, bem como as infinitas ramificações desse sucesso em toda a indústria criativa do mundo, deve muito ao desenvolvimento inicial do Photoshop no Mac. Mas na versão 2.0 o Photoshop também foi lançado para Windows. A partir daí, as edições do programa sempre tiveram paridade de funções.

Fonte: Geek

Primeiro carro com conexão Wi-Fi do mundo chega às ruas do México

Alguns usuários terão a possibilidade de andar de carro nas ruas do México e navegar na internet por meio de conexão Wi-Fi e um iPod.

A Peugeot, em parceria com a América Movil e a Apple, vai colocar no mercado mexicano o primeiro carro com acesso à internet. O modelo escolhido foi o 207 e o serviço de banda larga 3G para o automóvel será feito pela Telcel.

Segundo reportagem do El Universal, o carro terá uma edição limitada de 500 unidades e deve custar cerca de US$ 14 mil dólares.

Fonte: GigaBlog

Pedágio virtual: cobrança por notícia divide jornais

Após o NYT anunciar a criação de um modelo de assinatura para seu conteúdo on-line, outros veículos também se perguntam: vale a pena?

Publicado em 29/01/2010
Cinthia Scheffer
O jornal americano The New York Times confirmou na semana passada os boatos que há algum tempo circulavam na mídia: a partir de 2011, vai cobrar pelo acesso ao seu conteúdo na internet. A mudança no NYTimes.com, um dos portais mais lidos do mundo, é um novo capítulo de uma discussão pela qual passam praticamente todos os grandes jornais do planeta – cobrar? Como e quanto? Perguntas recorrentes, mas que ainda têm pouquíssimas respostas definitivas.

Em comunicado, o The New York Times informa que está construindo um modelo de cobrança que será iniciado depois que o leitor já tiver acessado um certo número de artigos no mês – mas não define quanto. Os assinantes da versão impressa continuarão a ter acesso gratuito ao site.

Há poucos dias a revista The Economist também fechou seu conteúdo na internet. Outros grandes jornais, como o britânico Financial Times e o americano The Wall Street Journal já cobram por boa parte dos seus textos que estão na web – o último, US$ 1,99 por semana. No Brasil, O Globo e a Folha de S. Paulo têm matérias fechadas, com pacotes de leitura para não assinantes da versão impressa.

Mas há também quem tenha voltado atrás. O próprio NYT já cobrou, entre 2005 e 2007 pelo acesso a editoriais e colunas. O “TimesSelect” chegou a atrair 210 mil assinantes – que pagavam, na época, US$ 49,95 por ano. Mas, para garantir mais acesso ao endereço eletrônico, voltou atrás da decisão.

“Há uma certa tendência de que, de alguma maneira, os conteúdos, ou parte deles, sejam cobrados. Uma forma híbrida de cobrança me parece inevitável. Mas como e quando isso vai ser feito, não dá para saber ainda”, diz o diretor executivo da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira.

Pedreira lembra que quando a internet surgiu no Brasil havia a perspectiva de que seria possível distribuir de forma gratuita todo o conteúdo – considerando que o aumento de audiência, e consequentemente de publicidade, sustentaria a operação. “Mas o tempo tem mostrado que esta equação não fecha. É difícil imaginar que os jornais funcionarão como a tevê aberta no Brasil, custeados 100% por publicidade”, defende. “O conteúdo totalmente aberto passou a ser regra em um determinado momento. Mas o entendimento agora é de que o usuário está disposto a pagar por um bom conteúdo”, completa o diretor de jornalismo da Gazeta do Povo, Nelson Souza Filho. “Mas ainda não há definições de como e quanto cobrar.”

É preciso se questionar ainda que conteúdos serão estes na visão do consultor Julio Sampaio, da Resultado Consultoria, especializado no setor. “Será possível vender conteúdo que não seja exclusivo, em uma realidade em que a informação está tão disseminada que, de certa forma, se transformou em commodity?”, questiona.

Sampaio cita o The Wall Street Journal como um modelo bem sucedido, mas não acredita que os jornais brasileiros terão sucesso na cobrança de conteúdo. “A publicidade é, e vai continuar sendo, a principal fonte de receita dos jornais. E na internet não é diferente”, diz. “Mas, em dúvida, a grande questão dos jornais hoje é a revisão do seu modelo de negócio.”

Negócios
Nesta análise do futuro, diz o diretor executivo da ANJ, o Brasil é, de certa forma, beneficiado por estar em um estágio bem menos crítico do que a indústria de jornais nos Estados Unidos, por exemplo. “A indústria lá é mais desenvolvida e, até por isso, o impacto da internet também é muito maior. Mas os debates já começaram aqui tendo em vista o que já aconteceu por lá”, diz Pedreira, lembrando que até o ano passado os jornais vinham registrando aumentos sucessivos de circulação. “A situação aqui é mais positiva. Mas precisamos buscar uma nova equação de auto-sustentabilidade.”

Ao comunicar a mudança, a presidente-executiva do New York Times, Janet Robinson, disse que o processo de reavaliar o modelo de negócios do jornal tem sido motivado também pelo “desejo de obter diversidade adicional de receitas que nos tornará menos suscetíveis a inevitáveis ciclos econômicos.”

Agregadores
Robert Murdoch, o homem que desafiou o Google

As discussões sobre o futuro das relações entre jornais e internet passam também pela presença das informações nos buscadores e agregadores de notícias. Quem produz conteúdo considera justo receber para que elas estejam lá. O bilionário da mídia Rupert Murdoch, presidente da News Corporation (dona, entre outros, do The Wall Street Journal, do canal de tevê Fox e da rede social MySpace), é talvez o mais fervoroso defensor da cobrança. Do outro lado, o Google News é o principal alvo das críticas.

No fim do ano passado, Murdoch anunciou que removeria os textos de seus jornais do Google para encorajar os usuários a pagarem pelo conteúdo on-line. Isso depois de acusar a gigante da internet de “cleptomania” e de agir como “parasita” com a inclusão de conteúdos da News Corp em suas páginas. No fim, o Google acabou cedendo e fechando um acordo.

De fora

Excluir simplesmente o conteúdo dos jornais dos buscadores esbarra em outra questão: eles também ajudam a trazer audiência aos sites dos jornais. Não há uma estatística exata, mas a estimativa é de que entre 20% ou 30% dos acessos aos sites de notícias tenham origem nos buscadores.

Assim como nos debates sobre a cobrança de conteúdo nos próprios portais, ainda não há um modelo definido e a questão está longe de uma definição – com o agravante de que, neste caso, o ideal é que haja um consenso. Se apenas alguns saírem, eles certamente serão prejudicados.

“Estamos firmes na defesa dos direitos autorais da produção jornalística. E pelos movimentos que vemos fora do país, tenho a esperança de que vamos evoluir para um modelo interessante de remuneração”, diz o diretor executivo da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira. “O próprio Google já mostrou que está agindo de uma forma menos imperial. Até porque depende disso a sustentação de um modelo de jornalismo independente e de qualidade.”

Para o consultor Julio Sampaio, é “correto, justo e necessário” que os agregadores de notícias paguem pelo conteúdo que estampam. “Não é barato produzir conteúdo de qualidade. É necessário uma estrutura. E quem paga por ela?”, questiona.

No início de dezembro, o Google informou, em seu blog oficial, que vai oferecer aos grupos noticiosos uma maneira de atrair clientes pagantes sem que precisem remover seu conteúdo dos resultados de busca do Google News. A gigante do Vale do Silício criará um mecanismo para que os usuários se inscrevam ou assinem o site de um provedor de notícias depois de lerem cinco artigos daquele grupo noticioso gratuitamente em um mesmo dia.

Fonte: Gazeta do Povo

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Expansão da web não tira audiência da TV

Estudo releva que o percentual de brasileiros que passou onze horas ou mais por semana navegando na web aumentou de 11% para 17%, equivalente que em uma semana sem feriados, um em cada seis brasileiros fica metade do dia ou mais tempo acessando a web. Em comparação, o percentual de internautas que dedicam o mesmo tempo para assistir TV, foi de 62% para 70,5%.

Realizada pela Market Analysis, com 483 adultos com mais de 18 anos residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre durante o mês de julho de 2009, os dados da pesquisa contradizem a ideia de que haveria uma grande mudança nos hábitos de consumo de mídia, a ponto de a TV perder espaço para a web.

Informaçãoes IDG Now!

Redação: Adnews

A importância da Assessoria de Imprensa

***Virginia Origuela

A assessoria de imprensa é uma ferramenta do jornalismo em si, que liga de forma direta a noticia com a mídia, ela pode e deve ser utilizada pelas empresas de pequeno, médio e grande porte. Não podemos confundir o assessor e seu trabalho com publicidade, pois a assessoria leva de forma clara a noticia, já na publicidade ele vende propaganda, ocupa boa parte dos espaços, da mídia e da imprensa com marketing, já o assessor noticia, divulga em forma de noticia, colunas, releases.

Existem alguns aspectos que fazem parte da Assessoria, eles são: O Press Kit ou Press Imprensa é um pacote empresarial que conta informação e algum aspecto promocional. Temos também o Mailing List ou Mala Direta, também conhecida como Lista de Correio, Entrevistas coletivas, Questões de Sociabilidade e Questões Sociais.

Ela surgiu entre a década de 60 e 70, e veio para ficar e conforme a globalização desde então vem sofrendo alterações e melhorias. O papel do assessor hoje continua sendo importante como era antes, porém as novas tecnologias e meios de comunicação tornaram o trabalho do assessor em algo mais “Complexo”. Não basta ser criativo é preciso saber abordar, conduzir, noticiar, ser sociável, ter contatos, agilidade, ética, clareza e principalmente saber diferenciar tais noticias e acontecimentos.

Pela qualidade e constância do trabalho do assessor de imprensa, ele tende a levar ate a mídia a postura da empresa e melhorar sua imagem, seus valores perante a sociedade em si. Tornam pessoas, personalidades, empresas, órgãos públicos, a serem vistos e bem lembrados.

A assessoria de imprensa deve fazer parte da imprensa, ignorar esse aspecto é o mesmo que ignorarmos a mídia e suas singularidades, a mídia sempre vai existir, prevalecer e opinar cabe ao assessorado direcionar, pois hoje em dia no mundo todo existem mídias e mídias, as que são transparentes e as mídias negras, onde muitos distorcem a informação, publicam sem antes checar suas fontes e deixam por isso mesmo.

Tal Assessoria precisa ser classificada dentro do parâmetro da comunicação pública da organização, levando–se em conta que as mudanças ocorridas na sociedade, aliadas à globalização do mercado, alteraram profundamente a noção de comunicação organizacional, criando a interdependência da organização de seus públicos, inclusive da imprensa. A empresa não pode ficar falando para si, precisa falar para o mercado global, falar no geral.

O ponto não é discutir quem faz assessoria ou o que é específico de cada habilitação da comunicação social, mas estar atento às mudanças ocorridas no campo da relação das organizações com os seus diferentes públicos. A empresa e o empresário não pode mais focar e voltar seu olhar somente para si, ele tem de estar ligado, olhar sempre para fora, ao seu redor, pois é nesse meio que a noticia e a vida acontece.

A Assessoria ganhou aspectos estratégicos, planejamentos, e hoje pode ser considerada uma consultoria e não somente uma assessoria, pois quando se trabalha em prol do assessorado a tendência é beneficia-ló em todos os aspectos, desde empresarias ate pessoais. Existem inúmeros tipos de assessoria: Temos a Política, Empresarial, Pessoal, Assessoria de Marketing, De estilo, de roupas (Personal Stylist), De boas maneiras, etc.

As organizações, as empresas, não estão interessadas somente em se relacionar com alguns ou a minoria, mas sim com todo mercado, todos os segmentos, de maneira positiva, permanente, a fim de lucrar, de manter seu faturamento, de manter-se em evidência e em clima de negócios.

A Assessoria de imprensa é de suma importância tanto para os jornalistas, os profissionais de Relações Públicas que também desempenham essa função, mas sim diante de todo comercio em si, de toda sociedade, pois ela é a via de mão dupla, é quem propaga a noticia diante da mídia, quem cria, quem conduz, conserta, divulga, modifica a mente das pessoas e da sociedade em si, que até hoje insisti em não querer acompanhar o crescimento e a valorização de tais profissionais em meio ao mercado de trabalho.

Dentre o jornalismo essa é uma área a qual realmente faz a diferença! A empresa não escolhe sempre, nem quando e nem onde quer aparecer, por isso que o assessor é de suma importância para o assessorado, pois ele viabiliza uma maior credibilidade e melhoram as relações Mídia x Empresa e Empresário x Funcionário.

Novos conceitos trazem novas visões, clientes e benefícios. Pensemos Nisso!

***Virgínia Origuela, jornalista, pós graduada em Comunicação Empresarial.

Fonte: Reporter Diário

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Petrobras e Fiat usam blogs como ferramenta de Marketing

Empresas investem em blogs para estreitar o relacionamento com clientes e aumentar empatia

O Marketing digital é uma ferramenta que se faz necessária para todas as empresas que buscam interagir com seus consumidores. A Fiat é uma das empresas que vêm investindo neste nicho nos últimos 10 anos e o resultado começa a aparecer. Com cada vez mais internautas citando as marcas em redes sociais ou blogs, surge um canal de relacionamento em que a troca de informações entre empresa e cliente parece não ter fim.

Além de estreitar o relacionamento, a Petrobras reconhece que a web é uma forma de gerar empatia quando a empresa atravessa um período de questionamentos, como a recente discussão sobre o pré-sal. Naquele momento a Petrobras lançou um blog em que os internautas puderam alimentá-lo com informações diversas, positivas ou negativas, desde que pertinentes.

O desafio encontrado pela Fiat foi aplicar o Marketing digital em uma indústria engessada como é a automotiva. Após uma década de implementação da ferramenta, a empresa colhe os frutos de blogs para os modelos Linea e Mio. Sucesso com os internautas, a ferramenta oferece a possibilidade de montar o veículo, sugerir itens, além de entrevistas com funcionários envolvidos na produção.



Blogs construtivos
Um filme produzido para a estratégia de Marketing on-line da Fiat, para o modelo Mio, fez tanto sucesso que foi levado para a TV a cabo. Isto mostra a força da internet e a aceitação e o dinamismo que a web possui para impactar os consumidores. Tanto é que não são poucos os blogs e comunidades criadas pelos internautas. “Algumas marcas se aproveitam disso, como a Starbucks, que recebe ideias pelo site”, diz Ana Luisa Brant Mendes, Gerente de Internet da Fiat, citando o caso em que a rede de café premium recebeu a sugestão de um consumidor para criar o gelo feito de café.

O Marketing digital dá uma abertura que é própria de sua natureza. Por isso, é recomendável cuidado na hora de pisar neste mundo. Pensando assim, a Fiat esperou o momento certo para criar este canal para tentar mudar a forma de chegar aos seus clientes. “Eles não são mais target e sim o meio. Cabe a empresa participar desses diálogos”, explica Ana durante o III Fórum Internacional ABA Petrobras de Comunicação Digital.

Para tangibilizar o diálogo com os futuros proprietários do Fiat Linea, a comunicação digital foi pensada e lançada antes do carro a fim de dar liberdade para os internautas. Além disso, esta foi uma maneira que a Fiat encontrou para minimizar as diferenças de mercado de um veículo que vinha de um país diferente do Brasil. “Não podemos simplesmente trazer um produto para o Brasil. Existe a ‘tropicalização’ de todos os modelos que vêm de outros países”, conta a gerente de internet da Fiat.

Lançamento digital e monitoramento
Além de depoimentos de colaboradores, o blog do Linea apresentou um vídeo do presidente no lançamento que, segundo Ana, foi o terceiro mais visto no YouTube na ocasião. Após uma pesquisa com os primeiros compradores do veículo, a Fiat percebeu que 8% deles souberam do carro pelo blog. “Este resultado nos inspirou a ir mais longe e ousar mais. Por isso, para o novo Linea, estamos pedindo para que os internautas nos enviem imagens sobre o carro do futuro”, ressalta a executiva.

A estratégia para este modelo é fazer com que as pessoas brinquem de criar um carro do futuro, passando por cinco etapas: nosso futuro, pergunta-chave, ideias para o carro, briefing, projetando o carro do futuro, organização de ideias. O projeto da Fiat para este ano é oferecer ao internauta a opção de escolher o nome do carro e até como será a campanha digital. “O blog do Mio já tem mais de 1 milhão de visitas desde agosto de 2009 e reunimos mais de 8 mil ideias para o carro”, afirma Ana.

A experiência adquirida pela Petrobras ao abrir um canal para conversar com os brasileiros surpreendeu a empresa positivamente. Tanto é que a companhia já realizou a ação on-line “Se a Petrobras fosse um filme, como seria o trailler?” e hoje a empresa monitora vídeos postados na internet. Além disso, com uma reformulação no site, a petrolífera nacional passa a contar uma história de forma mais próxima.



Negativo ou positivo?
O investimento na internet é baseado também em parcerias e projetos patrocinados pela estatal. “Contamos a história da empresa de forma gostosa, lúdica, com infográficos, através de personagens importantes para a Petrobras, como o Projeto Tamar e o Nós No Morro”, aponta Leonardo Sá, coordenador de comunicação digital de multimeios da Petrobras.

Lançado em meio à polêmica do pré-sal, o blog foi importante para mostrar que a companhia não fugiria da questão mesmo em um momento de crise. "Tivemos uma repercussão fantástica com opiniões contra e a favor. Foram mais de 1 milhão de acessos sem apoio de mídia. Foi uma iniciativa de extrema coragem. Temos muitas histórias para contar, mas devemos criar algo mais lúdico nelas”, opina Leonardo Sá, da Petrobras.

Segundo Leonardo Sá, ao lançar o blog na internet, a Petrobras sabia que poderia ter criado um canal digital contra a imagem da empresa. A comunicação digital está se aperfeiçoando e mudando rapidamente. “Nossa preocupação é olhar para onde ela pode nos levar e trabalhar da melhor forma possível. No blog, as questões mais polêmicas levantadas pelos usuários têm uma atenção maior”, completa.

Fonte: Mundo Marketing

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sabonete líquido: hidratação em gotas

A tecnologia na fabricação dos sabonetes evoluiu muito nas últimas décadas. Eliminar o excesso de óleo e suor produzido pelas glândulas ainda é a principal função do produto que também é utilizado para hidratar, proteger a pele e retirar as células mortas, combater acne entre outras. Para todas essas finalidades o consumidor encontra muitos sabonetes no formato de barras ou líquidos, de marcas, cores, cheiros, texturas e preços diferenciados. Diante de tanta variedade, os especialistas recomendam os sabonetes líquidos e neutros.

A esteticista Neuza Vasconcelos orienta que limpeza e hidratação são os cuidados básicos exigidos por qualquer tipo de pele. Para ela os sabonetes ditos ''neutros'' são os mais indicados para manter a limpeza, hidratação e lubrificação da pele. As mais oleosas, geralmente, necessitam de uma limpeza mais eficiente e hidratação leve, enquanto as secas requerem uma limpeza suave e hidratação intensa. ''Levando-se em conta todos os fatores externos, condições climáticas e características da pele, escolha seu sabonete de acordo com o benefício que ele oferece'', recomenda.

De acordo com a dermatologista Cristina Maria Aranda, os sabonetes líquidos promovem uma melhor hidratação, além de limpar e remover as impurezas da pele, e protegê-la das agressões do meio ambiente - como o frio e a poluição - por conta do método de fabricação. ''É muito mais fácil agregar um número maior de ingredientes como hidratantes aos sabonetes líquidos, que também, em sua maioria, possuem um pH mais próximo ao da pele, que fica em torno de 4,5 e 6. Já os sabonetes em barra, devido ao processo de saponificação, possuem um pH mais básico, acima de 7'', afirma.

A médica esclarece que os sabonetes líquidos são fabricados por meio de um único procedimento através da mistura de emolientes, corantes, hidratantes e perfumes. Já a base para os sabonetes em barra é obtida através da reação de gorduras vegetais ou animais com soda cáustica, processo conhecido como saponificação. Após essa etapa são adicionados conservantes, corantes e o produto é prensado.

Neuza Vasconcelos também recomenda o uso de sabonete líquido e acredita que eles são mais higiênicos, práticos e econômicos. ''O desperdício do sabonete líquido é muito menor. Colocamos nas mãos uma quantidade pequena e distribuímos pelo rosto e pelo corpo. A durabilidade também é maior, porque na forma líquida, o produto não fica ressecado, como é comum no sabonete em barra. Além disso, a embalagem do líquido é mais eficiente na prevenção de contaminação por bactérias'', comenta.

No entanto, a maioria dos consumidores escolhe o sabonete em barra na hora de comprar. A manicure Renata Cristina Alexandre diz que o preço não influencia na decisão. ''Tenho a impressão de que o produto em barra é melhor na remoção da sujeira. Acho que é uma questão de hábito, de sempre usar o sabonete em barra. Utilizo o sabonete líquido apenas na pia do banheiro e para lavar o rosto'', comenta. A advogada Franciella Sachi Malassise prefere o sabonete em barra até mesmo para lavar o rosto e acredita que o produto também é econômico. ''Um sabonete acondicionado em uma saboneteira com tampa dura até seis meses. Utilizo o produto para tratar de acne e manchas na pele e estou muito satisfeita com o resultado'', diz.

A origem

Em 600 a.C. os fe­ní­cios de­ram ori­gem ao sa­bão. ­Eles ti­nham o cos­tu­me de fer­ver ­água com ba­nha de ani­mal e cin­zas de ma­dei­ra pa­ra fa­bri­car um sa­bão pas­to­so. Es­se pro­du­to che­gou à ver­são só­li­da ape­nas no sé­cu­lo 7, quan­do os ára­bes des­co­bri­ram o pro­ces­so de sa­po­ni­fi­ca­ção – com­bi­na­ção de ­óleos na­tu­rais, gor­du­ra ani­mal e so­da cáus­ti­ca, que de­pois de fer­vi­da en­du­re­ce. Os es­pa­nhóis apren­de­ram a li­ção com os ára­bes e acres­cen­ta­ram ­óleo de oli­va à mis­tu­ra, que dei­xou o sa­bão com um chei­ro ­mais sua­ve. Nos sé­cu­los 15 e 16 vá­rias ci­da­des eu­ro­peias se de­di­ca­ram a pro­du­zir es­se ar­ti­go de hi­gie­ne e lim­pe­za. Mar­se­lha (Fran­ça) e Sa­vo­na (Itá­lia) tor­na­ram-se cen­tros pro­du­to­res de sa­bão e sa­bo­ne­te. Foi a ci­da­de de Sa­vo­na que ins­pi­rou a cria­ção do ter­mo sa­von (sa­bão) pe­los fran­ce­ses e tam­bém do seu di­mi­nu­ti­vo sa­vo­net­te (sa­bo­ne­te).

Artesanais ganham mercado

De acor­do com da­dos di­vul­ga­dos re­cen­te­men­te, a ven­da de bar­ras ar­te­sa­nais tor­nou-se um ne­gó­cio lu­cra­ti­vo no Bra­sil. A pro­du­ção ar­te­sa­nal dei­xou de ser uma ex­clu­si­vi­da­de dos es­tan­des de fei­ra hip­pie pa­ra se tor­nar um ar­ti­go de lu­xo. Exis­tem bar­ras de sa­bo­ne­tes ar­te­sa­nais que cus­tam até R$ 25. Um le­van­ta­men­to rea­li­za­do pe­lo Se­brae es­ti­ma que exis­tem no Bra­sil 1,5 mil ne­gó­cios que têm a ven­da de sa­bo­ne­tes em bar­ra co­mo car­ro-che­fe. A quan­ti­da­de de em­preen­de­do­res que se de­di­cam à fa­bri­ca­ção do pro­du­to é 40% ­maior do que cin­co ­anos ­atrás.

Aná­lia Pe­rei­ra Fros­sard é quí­mi­ca e re­sol­veu in­ves­tir em um ne­gó­cio pró­prio re­la­cio­na­do ao mer­ca­do de hi­gie­ne e be­le­za. Ela é pro­prie­tá­ria da lo­ja Ar­te e Chei­ro, em Lon­dri­na, que ofe­re­ce cur­sos gra­tui­tos pa­ra fa­bri­ca­ção de pro­du­tos ar­te­sa­nais, ­além de co­mer­cia­li­zar al­guns ­itens. Se­gun­do a quí­mi­ca, ­além de apren­der a con­fec­cio­nar o sa­bo­ne­te em bar­ra, as clien­tes tam­bém es­tão se in­te­res­san­do ca­da vez ­mais pe­los sa­bo­ne­tes lí­qui­dos. O cus­to fi­nal pa­ra ­quem pro­duz che­ga a ser um ter­ço me­nor em re­la­ção ao va­lor pra­ti­ca­do pe­lo mer­ca­do. Pa­ra pro­du­zir cin­co li­tros de sa­bo­ne­te o pre­ço é de R$ 17,50.A re­cei­ta que Aná­lia Pe­rei­ra Fros­sard en­si­na é sim­ples. ‘‘Mis­tu­ra­mos um li­tro de uma ba­se pró­pria pa­ra a fa­bri­ca­ção de cos­mé­ti­cos que con­têm gli­ce­ri­na, es­sên­cia e an­fó­te­ro, um óxi­do que ser­ve pa­ra man­ter a vis­co­si­da­de do pro­du­to. Tam­bém po­de­mos acres­cen­tar ­água des­mi­ne­ra­li­za­da ou deio­ni­za­da, que evi­ta a oxi­da­ção da es­sên­cia e au­men­ta a va­li­da­de do ­produto’’, en­si­na.

A quí­mi­ca afir­ma que o ­ideal é que as pes­soas par­ti­ci­pem de cur­sos an­tes de ten­tar fa­zer em ca­sa, pa­ra apren­der a ma­ni­pu­lar os in­gre­dien­tes, que pas­sam por rea­ções quí­mi­cas. Há no mer­ca­do cen­te­nas de es­sên­cias, in­clu­si­ve de per­fu­mes co­nhe­ci­dos. ­Além de apren­der a con­fec­cio­nar sa­bo­ne­tes pa­ra con­su­mo pró­prio, a maio­ria in­ves­te na apren­di­za­gem pa­ra fa­bri­car e ven­der os pro­du­tos pa­ra au­men­tar a ren­da ou sim­ples­men­te pa­ra ofe­re­cer um pre­sen­te per­so­na­li­za­do.

Giovana Chiquim - Especial para Folha