sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Última década foi a mais quente já registrada

Análise de temperaturas da superfície global foi divulgada pela Nasa
A última década foi a mais quente já registrada na Terra, de acordo com uma nova análise das temperaturas da superfície global divulgada pela Nasa na quinta-feira.

A agência espacial norte-americana também descobriu que 2009 foi o segundo ano mais quente de acordo com as medições de temperaturas, iniciadas em 1880. O ano passado foi apenas uma fração de grau mais frio do que 2005.

Segundo James Hansen, que dirige o Instituo Goddard para Estudos Espaciais da Nasa, as temperaturas globais mudam em razão das variações de aquecimento e esfriamento dos oceanos.

"Quando fazemos a média de temperatura por cinco ou dez anos para diminuir essa variação, descobrimos que o aquecimento global continua sem perder a força", disse Hansen em comunicado.

O forte efeito La Niña, que esfriou o Oceano Pacífico, fez de 2008 o ano mais frio da década, segundo o instituto, sediado em Nova York.

Ao analisar os dados, os cientistas da Nasa descobriram uma clara tendência de aquecimento, embora tenha havido estabilidade nos anos 1940 e 1970.

Os registros mostram que as temperaturas tendem a subir cerca de 0,2 graus Celsius por década nos últimos 30 anos. A média das temperaturas globais aumentaram cerca de 1,5 grau Fahrenheit desde 1880.

"Este é um número importante para se ter em mente", disse Gavin Schmidt, climatologista do instituto.

"A diferença entre o segundo e o sexto ano mais quente é banal, porque incerteza sobre nas medições de temperatura é maior do que as diferenças entre os anos mais quentes".

A análise foi baseada em dados climáticas de mais de mil estações meteorológicas em todo o mundo, observações de satélite sobre as temperaturas das superfícies dos mares e medições de estações de pesquisa na Antártida.

As informações são da Dow Jones.

Fonte: Bem Paraná

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tecidos reciclados viram bolsas

Curitiba - Jaquetas, saias, calças, blusas, tecidos de sofás e poltronas de ônibus, forro de Fusca e Fiat 147, tela de tênis. Nas mãos da estilista Elyane Fiuza tudo isso pode ser transformado em bolsas e carteiras de diferentes tamanhos e estilos. Através do site da profissional, chegam encomendas de diversas partes do Paraná e São Paulo. Ela se especializou na arte de transformar materiais usados em acessórios, e o trabalho faz sucesso entre as mulheres. Agora Elyane começa a desenhar peças para os homens, como cintos e bolsas.

A moda está na vida da estilista há 15 anos. Natural de Paranavaí, mas atualmente morando em Curitiba, Elyane começou com uma confecção de roupas, ao mesmo tempo que dava aulas para cursos de graduação. Há oito anos acabou se especializando em bolsas, por ver que o mercado estava em crescimento. ''Tenho uma cliente que, antes de ir a um casamento, primeiro escolhe a bolsa. A partir disso decide o vestido que vai usar'', explica. O mercado cresceu tanto que não é difícil encontrar lojas que vendem exclusivamente bolsas.

O primeiro acessório feito com material usado foi uma bolsa originada de uma calça da marca importada Fendi. ''A peça era linda mas não me caiu bem. Como o brim era bonito, virou bolsa''. Elyane desenhou a peça no papel e depois no papelão. Em seguida levou para uma costureira que fabricou o modelo, incluindo as ferragens, como zíper, correntes e medalhões. Este continua sendo o procedimento para a confecção dos acessórios.

Com o tempo, as amigas descobriram suas criações e os pedidos foram chegando. Como a estilista já lançava coleções de bolsas com material novo, não foi difícil formar a clientela do acessório reciclado. Só no ano passado, uma das clientes comprou cinco bolsas diferentes.

O diferencial dos acessórios feitos por Elyane é a exclusividade do produto. Ela não faz duas bolsas iguais nem produz cópias de acessórios já existentes de outras marcas. Além de ser criação própria, a cliente tem a certeza que não encontrará peça igual por aí. ''Esse é um dos principais motivos da fidelização das clientes. Elas não querem ir em uma festa e encontrar outra mulher com a mesma bolsa'', conta.

Pode ser de couro, seda, tecido de sofá e até neoprene (material para roupas de surfe). Tudo vira bolsa. ''O que faço é retardar o processo de jogar o material fora'', explica. E parece que a tendência de jogar a atenção nas bolsas vai aumentar ainda mais. ''Nesta década, o acessório vem muito forte. As pessoas vão usar roupas mais simples e ousar nas bolsas'', avisa Elyane.

A fabricação quase artesanal das peças justifica o preço pago por cada uma delas. Os valores variam bastante. Bolsas pequenas custam entre R$ 80 e R$ 120. Além de avaliar o material usado enviado pelo cliente, é necessário ver as costuras e cortes para decidir qual será o modelo da bolsa. Depois disso ainda há o custo da costura e dos acessórios utilizados. Todas as peças são entregues com o símbolo da marca: uma etiqueta de metal com o sobrenome da estilista. Os pedidos são entregues em aproximadamente 10 dias.

Criações atraem clientes 
El­ya­ne é a prin­ci­pal mo­de­lo da mar­ca. Ela só sai de ca­sa com uma de ­suas cria­ções a ti­ra­co­lo. E is­so já re­sul­tou em ­bons ne­gó­cios. ‘‘Um dia es­ta­va pas­sean­do no shop­ping e uma mu­lher me abor­dou per­gun­tan­do em que lo­ja eu ha­via com­pra­do a bol­sa. Quan­do fa­lei que eu mes­ma ti­nha fei­to a pe­ça e não ha­via ou­tra ­igual ela não me dei­xou ir em­bo­ra. Ti­ve que ven­der a bol­sa no ­meio do ­corredor’’, di­ver­te-se.

  Fa­to se­me­lhan­te ocor­reu quan­do a es­ti­lis­ta es­ta­va em um des­fi­le de mo­da, em São Pau­lo. En­quan­to apre­cia­va as rou­pas que ­eram mos­tra­das na pas­sa­re­la, per­ce­beu que um ra­paz não ti­ra­va o ­olho de­la. ‘‘Quan­do o des­fi­le aca­bou ele ­veio per­to de mim e per­gun­tou ­qual era a mar­ca da mi­nha ­bolsa’’, re­ve­la.

  No ano pas­sa­do, El­ya­ne apro­vei­tou o su­ces­so que a Ín­dia fez no Bra­sil e pro­du­ziu pe­ças des­ta­can­do a ima­gem de deu­ses hin­dus. O su­ces­so foi tão gran­de que a obri­gou a ven­der bol­sas fei­tas pa­ra ela mes­ma. No ano pas­sa­do, a es­ti­lis­ta de­se­nhou e pro­du­ziu 300 bol­sas di­fe­ren­tes, en­tre pe­ças da co­le­ção, en­co­men­das e as pro­du­zi­das com ma­te­rial re­ci­cla­do.

  Nes­te ano a es­ti­lis­ta pro­me­te con­ti­nuar com a pro­du­ção de bol­sas, mas irá de­di­car-se ­mais à fa­bri­ca­ção de cin­tos. ‘‘Ele agre­ga va­lor ao vi­sual. A cin­tu­ra das cal­ças es­tá su­bin­do e o cin­to vem com ­tudo’’, aler­ta. Com a di­ca de El­ya­ne, é ho­ra de re­vi­rar o ar­má­rio e en­con­trar aque­la ja­que­ta de cou­ro que já não usa ­mais. Ela po­de ser trans­for­ma­da na bol­sa ou no cin­to ­mais fas­hion do guar­da-rou­pa. O tra­ba­lho da pro­fis­sio­nal po­de ser con­fe­ri­do no si­te www.el­ya­ne­fiu­za.com.br. (D.C.)

Diogo Cavazotti
Equipe da Folha

Fonte: Folha de Londrina

China rebate Google e defende "leis do país"


Regime chinês afirma que mídia da internet tem o dever de verificar a divulgação de dados que ameacem a segurança nacional

 O governo chinês afirmou ontem que “a internet na China é aberta’’ e que “empresas estrangeiras que queiram desenvolver negócios de internet precisam seguir a lei (chinesa)”, dois dias após o Google ameaçar abandonar o país por infiltração em seu código de segurança.

As afirmações foram feitas na coletiva semanal do Ministério de Relações Exteriores pela porta-voz Jiang Yu, que não respondeu às acusações de que hackers chineses atacaram o e-mail de ativistas de direitos humanos. “A ciberpirataria e o ataque a sites feito por hackers são proibidos na China’’, disse a porta-voz.

Tanto o Google como o De­­par­­tamento de Estado americano disseram esperar respostas do governo chinês. Um porta-voz da Casa Branca disse que a “invasão do Google atribuída à China é problemática’’ e que os Estados Unidos apoiam a decisão da em­­presa de pôr fim à censura de suas buscas – o que pode leva-la a ser expulsa do país.

Em entrevista publicada na página do Conselho de Estado chinês, o ministro da Informação, Wang Chen, disse que “a mídia da internet tem o dever de guiar a opinião pública, fornecer opinião positiva e verificar a divulgação de dados que ameacem a segurança nacional’’.

Pela primeira vez desde as acusações, jornais estatais chineses divulgaram as ameaças do Go­­ogle, dizendo que se trata de es­­tratégia para a retirada após “fracasso no mercado chinês’’. O site Baidu.com, que copia o mecanismo da Google, detém 63% do mercado local de buscas.

Fonte: Gazeta do Povo

domingo, 10 de janeiro de 2010

Projeto começa hoje em Curitiba

Começa hoje, em Curitiba, o projeto Mulheres da Paz do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça. A aula inaugural será ministrada pela gestora do projeto, Júlia Cordelini, da Secretaria Municipal de Saúde, no anfiteatro do colégio Novo Éden, no Bairro Novo.
Em Curitiba, o Mulheres da Paz é executado pelas secretarias municipais de Saúde e Defesa Social. Foram selecionadas 200 participantes entre 540 candidatas. “Estamos com as melhores expectativas em relação a este projeto. Tivemos uma boa procura e esperamos que as mulheres se tornem excelentes multiplicadoras de segurança comunitária no bairro”, afirma o secretário municipal da Defesa Social, Itamar dos Santos.

As mulheres selecionadas passaram por entrevistas individuais, coletivas e dinâmicas de grupo. Todas são moradoras do Sítio Cercado, bairro escolhido com base em indicadores de vulnerabilidade social, e atuarão na mediação de conflitos e na disseminação da cultura de paz na comunidade.

Além disso, elas participarão de um programa de capacitação de 160 horas, que terá início na quarta-feira, em temas como mediação de conflitos, técnicas de abordagem, cidadania, prevenção ao uso de drogas, adolescência, inclusão digital, entre outros. “As Mulheres da Paz serão mediadoras sociais. Vão acompanhar e encaminhar jovens da comunidade próxima de suas residências que estejam sob risco social ou vulneráveis à violência”, explica Julia. O trabalho será acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Com a ajuda desses profissionais, elas darão apoio e encaminharão rapazes e moças para o Projeto de Proteção de Jovens em Territórios Vulneráveis (Protejo), outra ação do Pronasci que envolverá 300 jovens também do Sítio Cercado.

Fonte: Bem Paraná

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Câmara analisa 27 projetos que visam mudar a Lei do Supersimples


No início deste ano entrou em vigor a Lei Complementar 133/09, que reduz a carga tributária de empresas de produção cultural e artística participantes do Supersimples. A norma teve origem em projeto do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) e altera a Lei Complementar 123/06, que criou o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

A nova lei é a terceira a promover modificações no marco legal do Simples Nacional. E outras mudanças podem ocorrer, pois tramitam atualmente na Câmara 27 projetos para alterar o estatuto da microempresa. Destes, 16 sugerem o acesso de novas atividades ao Supersimples, como escritórios de arquitetura, cooperativas e empresas de seguros.

Outros cinco projetos de lei preveem novas faixas para definição de pequeno e microempresário. Há ainda propostas que permitem o parcelamento de dívidas tributárias contraídas pelo pequenos empresários, entre outros.

Papel do Legislativo
Para o presidente da Câmara, Michel Temer, o número de projetos em tramitação na Casa evidencia "o papel de ponta do Legislativo no apoio às micros e pequenas empresas", trabalho que começou com os constituintes de 1987.

Os parlamentares colocaram na Constituição a exigência de tratamento tributário diferenciado para os microempreendimentos. "Todas as leis recentes que tratam desse assunto partiram de iniciativa parlamentar", acrescenta Temer.

3,4 milhões de empresas
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), desde que o estatuto entrou em vigor, em julho de 2007, 3,4 milhões de empresas adotaram o Supersimples. O antigo Simples federal, substituído pelo estatuto, contava com pouco mais de um milhão de participantes.

Esses números devem ganhar um reforço neste ano com a criação da figura do Micro Empreendedor Individual (MEI) - empresa com apenas um dono e receita bruta anual de até R$ 36 mil -, matéria tratada pela Lei Complementar 128/08, que entrou em vigor em julho de 2009. O empreendedor individual foi instituído por um projeto também de autoria do deputado Mendes Thame.

O MEI, enquadrado no Simples Nacional, fica isento dos impostos federais e paga apenas o valor fixo mensal de R$ 56,10 para a Previdência Social (o equivalente a 11% do salário mínimo em vigor), R$ 1 fixo por mês para o estado, se a atividade for comércio ou indústria; e R$ 5 fixos por mês para o município, se a atividade for prestação de serviço.

Tabelas de impostos
Para o presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, deputado Vignatti (PT-SC), a Câmara deve discutir neste ano novas mudanças no estatuto, incluindo as tabelas que tratam dos impostos devidos. "Precisamos baratear o crédito para as micro e pequenas empresas no Brasil", ressalta.

Vignatti também defende a inclusão dos trabalhadores rurais no Simples Nacional. A ideia, segundo ele, é levar para os trabalhadores do campo a experiência do empreendedor individual. "A proposta é criar uma legislação semelhante ao empreendedor individual, que corrija distorções históricas na formalização no campo. Além de estender os benefícios ao produtor rural sazonal [o chamado safrista]."

O deputado lembrou que a agricultura familiar já possui uma linha de crédito diferenciado no País, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). "Falta agora o incentivo à formalização", argumenta.

Objetivos sociais
O deputado Mendes Thame considera que as modificações feitas até agora no Supersimples têm objetivos sociais e econômicos. O estímulo à saída da informalidade promovida pela lei do Supersimples, na sua opinião, melhora a vida das pessoas, que passam a contar, por exemplo, com cobertura previdenciária e acesso ao crédito bancário.

Já em relação ao lado econômico, a lei incentiva um setor com forte impacto no nível de emprego. Em 2006, eram mais de 13,3 milhões de pessoas empregadas em micros e pequenas empresas.

Da Reportagem/NA
Fonte: Câmara dos Deputados