terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Leitor 'se engaja' mais na notícia impressa

NELSON DE SÁ
ARTICULISTA DA FOLHA


Um estudo da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, levantou que um leitor de jornal em papel retém mais que um leitor on-line.

Intitulado "Medium Matters" -- "questões de meio" em uma tradução mais literal ou, em trocadilho, "o meio importa" --, é uma análise sobre o "engajamento com jornais" nos dias de hoje.
Em suma, diz o estudo, "os leitores on-line tendem a escanear os textos, enquanto os leitores de impresso tendem a ser mais metódicos".
Mais especificamente, o leitor do "New York Times" impresso recorda em média "significativamente mais notícias" (9,6) que o leitor do site do jornal (7,3). Ele também relembra "significativamente mais tópicos" (4,2) que o leitor on-line (2,8). Por tópico, o levantamento entende a essência de cada texto.
Também quanto aos pontos principais -- ou seja, os trechos importantes distribuídos ao longo do texto -- o leitor do jornal impresso recorda mais (4) que a pessoa que lê na mídia on-line (2,8).
O único empate na comparação entre papel e site acontece na lembrança de títulos, mais superficial.
A pesquisa registrou o comportamento de 45 estudantes da própria universidade, na grande maioria (77%) habituados a obter suas notícias via internet. Eles foram divididos em dois grupos, para a leitura monitorada das versões em papel e on-line do "New York Times".
Arthur Santana, um dos três autores da pesquisa e que foi repórter e editor do "Washington Post", avisa que os resultados em nada alteram "o que está ocorrendo com os jornais, ao menos neste país [EUA], onde prosseguem em declínio gradual".
O pesquisador não acredita que esses resultados sejam indicação de que "os jornais ainda têm uma função útil e necessária". Santana afirma, entretanto, que "é importante", inclusive para os próprios jornalistas, "saber e compreender".

CONCENTRAÇÃO
A principal explicação para a diferença na retenção seria que um site não apresenta as notícias com a gradação de importância que o papel apresenta. Não dá tantas "indicações de ênfase" ao leitor e, assim, acaba por não cumprir a "função de estabelecer agenda", característica histórica dos jornais impressos.
O levantamento da Universidade de Oregon também "demonstra que o desenvolvimento de formas dinâmicas [de edição nos sites] teve pouco efeito" no sentido de melhorar a retenção.
Arthur Santana lembra Nicholas Carr, autor de "The Shallows" -- "os rasos", obra traduzida no Brasil como "A Geração Artificial" (editora Agir). O livro questiona os efeitos da internet sobre a capacidade de "concentração e contemplação".
Para o pesquisador, as próprias pessoas hoje se condicionam a ler "apressadamente, dispersamente, desengajadamente", seja como for.

COEXISTÊNCIA
Para Jack Shafer, crítico de mídia da agência de notícias Reuters, "embora o número de leitores testado seja pequeno, o estudo confirma meu viés de que o impresso é superior".
Shafer passou um ano sem ler a versão impressa do "New York Times", acreditando que não era mais necessário, pois o site já se mostrava superior. Voltou a assinar quando começou a sentir "falta das notícias". Ele diz que gastava horas no site, mas "não lembrava", pois a leitura on-line "havia afetado minha capacidade de retenção".
Apesar de ter recuado ao experimentar ficar sem ler no papel, Shafer diz não ser "nenhum ludita", referência ao movimento que reagiu às máquinas nas fábricas têxteis inglesas, no século 19, durante a Revolução Industrial.
"Você não pode pesquisar em papel e você só tem acesso a um punhado de edições de fora da cidade, no dia em que são publicadas; portanto, fico contente que os dois meios coexistam."

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Conheça Pinterest, rede social que vai bombar em 2012

Mulheres dominam rede social feita com murais

João Varella, do R7
O ranking das dez redes sociais mais acessadas dos Estados Unidos ganhou um novo integrante em dezembro do ano passado. Segundo a Experian Hitwise, empresa especializada em medir audiência na web, o Pinterest multiplicou sua audiência em 40 vezes nos últimos seis meses, chegando a 11 milhões de acessos em uma semana. Em termos de visitantes únicos foram 4 milhões em novembro, segundo a ComScore, consultoria do mesmo ramo da Experian Hitwise.

Detalhe: o site não é aberto, só pode ser acessado por quem tem convite.

Mas o que é o Pinterest? O site se descreve como um quadro de avisos online. Depois de fazer um perfil no site, é possível criar murais com fotos, ilustrações e referências visuais coletadas na internet. O mural pode ter um tema e as pessoas podem seguir só o que lhes interessa.

Por exemplo, um usuário interessado em tecnologia, esportes e calendários de borracharia pode fazer um mural para cada assunto. Os amigos podem escolher se querem acompanhar todos os murais – inclusive outros que serão criados futuramente – ou só dos assuntos que lhe interessa.

Para facilitar a brincadeira, há um programa que adiciona um botão “Pin it” (fixe isso) na janela dos principais navegadores da internet.

A pegada do Pinterest lembra a de redes sociais como Digg, Reddit e Del.icio.us, onde o que interessava era compartilhar uma espécie de lista de sites favoritos. Porém, o visual é mais limpo e intuitivo. Em um momento que o Facebook faz uma mudança delicada nos perfis de seus usuários – aos poucos todos estão migrando para um modelo com uma linha do tempo – o Pinterest pode atrair uma fatia de insatisfeitos com a mudança.

Diferente do Facebook, rede social com maior audiência no planeta, o Pinterest incentiva que os usuários criem links para as fontes originais das postagens.

O esquema de organização também faz lembrar o Google Plus, cujo calcanhar de aquiles é justamente o visual.

Mulherada

Por enquanto, as mulheres representam 58% da audiência do site, segundo a Experian Hitwise. Em termos de idade, o grupo mais representativo são pessoas entre 25 e 44 anos (59%). De acordo com Heather Dought, pesquisadora da Experian Hitwise, decoração, artesanato, moda e comida são os assuntos dominantes do Pinterest.

Eli Goodman, analista da ComScore, disse que o crescimento do Pinterest é “completamente orgânico” – ou seja, não foram feitas publicidades sobre o site.
- A marca “Pinterest” parece estar entrando no léxico geral, de um jeito similar ao que aconteceu com o Twitter em 2008 e 2009.

O Pinterest foi criado em março de 2010.

Entenda como funciona: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/fotos/entenda-como-funciona-o-pinterest-20130103.html

Fonte: R7

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

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