sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Homem é preso por sequestrar dados de usuários de redes sociais alemãs

Por Robert McMillan/ IDG News Service
Publicada em 23 de outubro de 2009 às 09h06
Atualizada em 23 de outubro de 2009 às 11h39

Cracker pediu a quantia de 80 mil euros para não vender as informações roubadas de sites.

Um homem alemão teria sido preso depois de rastrear vários dados de sites populares de redes sociais alemães. Em seguida, o suspeito teria tentado extorquir os operadores do site.

O jovem, que não foi identificado, tem 20 anos e vive na cidade de Erlangen, na Alemanha. Foi preso no domingo sob a acusação de extorsão depois da construção de um rastreador que envolveu a StudiVZ, site operado por VZ Networks, disse um porta-voz da companhia sexta-feira.

O rastreador foi capaz de contornar o mecanismo de segurança dos sites e automaticamente fazer um download das informações disponíveis dos usuários, incluindo nome, escola, sexo, idade e foto dos perfis, confirma o porta-voz Dirk Hensen por e-mail.

A VZ Networks afirmou que o cracker VZ não tinha acesso a qualquer informação sensível, como números de telefone e endereços de e-mail, normalmente indisponíveis para outros usuários.

Hensen se recusou a dar mais detalhes sobre o suposto crime. Mas, de acordo com relatórios publicados, o homem ameaçou vender os dados pertencentes aos usuários das redes VZ caso não recebesse em troca 80 mil euros (120 mil doláres).


Fundada em 2005, VZ Networks é responsável pela operação de três sites de rede social em alemão semelhantes ao Facebook: SchülerVZ, StudiVZ e meinvz, com mais de 15 milhões de usuários. StudiVZ, um site para estudantes, foi processado pelo Facebook ano passado sob o contexto de plágio.

Segundo Welt Online os criminosos obtiveram informações sobre mais de 1 milhão de usuários. A VZ Networks informou que já aumentou a segurança para evitar este tipo “arrastão”.
Em 22 de abril deste ano, um usuário de 20 anos chamado matt56444 se utilizou de uma ferramenta semelhante. Por meio de um vídeo inserido na rede, o jovem alegou ser capaz de baixar informações de 48 mil usuários em cerca de quatro horas.

Fonte: IDG NOW!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A diferença entre a Assessoria de Imprensa e a Propaganda

É muito comum termos dúvidas sobre a diferença entre Assessoria de Imprensa e Propaganda. A confusão começa na própria universidade, que trata os cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas como partes do grande guarda-chuva acadêmico da Comunicação Social. Para quem não é da área, imagine o exercício mental para não chamar erroneamente todos os profissionais de publicitários.
E o quebra-cabeça vai longe se analisarmos qual é a diferença entre Publicidade e Propaganda, se Assessoria de Imprensa é Publicidade, se a Assessoria de Imprensa é uma função mais voltada para jornalistas ou para relações públicas. Mas, para não corrermos o risco de criarmos mais confusão do que esclarecimentos, vamos nos ater à diferença entre a Assessoria de Imprensa e a Propaganda.
Em primeiro lugar, o que existe de unidade é que as duas atividades são estratégias de Marketing. Ambas têm o objetivo de divulgar informação positiva, defender a imagem, reduzir o impacto da informação negativa e, consequentemente, ampliar o mercado consumidor da empresa. Mas o conceito das duas tarefas é diferente.
A Assessoria de Imprensa trabalha com os espaços editoriais dos veículos de comunicação. Ou seja, ela fala com os jornalistas, que publicam as matérias e as reportagens jornalísticas. Já a Propaganda se atém aos espaços comerciais, mais comumente conhecidos como anúncios. E o contato será feito sempre com o departamento comercial do veículo de comunicação.
Com os serviços de Assessoria de Imprensa, as informações publicadas sobre sua empresa serão gratuitas e fruto de uma sugestão enviada à redação, usada de acordo com o interesse do jornalista e do espaço disponível. O jornalista poderá usar o texto enviado pela Assessoria de Imprensa da forma como achar melhor. Pode publicar apenas uma parte do texto encaminhado, complementar o material com uma entrevista com o porta-voz da sua empresa, usar o material junto com outras informações ou não usar nada.
Como tudo vem em forma de sugestão e sem nenhum acordo comercial, você jamais poderá saber com antecedência que resultados seu investimento em Assessoria de Imprensa trará. Já na Propaganda, você define o espaço, o dia e o conteúdo. E paga por isso.
Na Assessoria de Imprensa, a linguagem do texto é jornalística, sem adjetivos e centrada na objetividade e na clareza. Já no texto publicitário há espaço para adjetivos e expressões elogiosas ao produto.
Um bom Assessor de Imprensa é aquele que, entre outras habilidades, consegue estabelecer um relacionamento estreito com os jornalistas de redação para que a sugestão dos temas (chamados no jargão jornalístico de pautas) enviados se transformem em notícia publicada. Já os contatos do profissional de Propaganda são restritos ao departamento comercial do veículo.
Normalmente as pessoas acreditam mais em uma matéria jornalística do que em um anúncio. A maioria da opinião pública sabe que, se é um anúncio, foi pago e pode ter as informações elogiosas que o pagante quiser colocar. Já no caso da notícia, publicada por um jornalista isento, a credibilidade recai principalmente sobre esta imparcialidade. Por este motivo, um resultado de Assessoria de Imprensa tende a ter um impacto mais forte na imagem da empresa. Mas isso não quer dizer, de forma alguma, que a Propaganda seja dispensável.
Por fim, é bom sempre lembrar que um bom Marketing é feito pelas variadas e eficazes ferramentas disponíveis hoje no mercado. Assessoria de Imprensa e Propaganda são apenas duas delas. É só pesquisar, investir e, depois, comemorar os resultados.

*Karin Villatore é jornalista, diretora da Talk Assessoria de Comunicação e professora universitária.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Estágios em ritmo de retomada


Número de estagiários caiu desde o início da nova lei, promulgada dez dias depois da quebra do Lehman Brothers

Alexandre Tremarim, estagiário da Brose do Brasil: com jornada de 6 horas,
sobra tempo para os estudos

Passado um ano da entrada em vigor da nova Lei do Estágio, ainda é difícil fazer um balanço das mudanças provocadas pela legislação. A oferta de vagas sofreu grande redução no período, principalmente nos primeiros meses, mas a queda também pode ser decorrente da crise financeira mundial. A quebra do banco de investimentos Lehman Brothers ocorreu apenas 10 dias antes do início da vigência da lei.

Não só a oferta, mas também o número absoluto de postos de estagiários caiu. “Antes da lei havia 1,1 milhão de estagiários no Brasil. Este número caiu 18% ao longo dos últimos 12 meses”, afirma Seme Arone Junior, presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres).

Lilian Gomes, analista de processos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/PR), ligado ao Sistema Indústria, que atua no desenvolvimento de talentos e de estágio, afirma que a oferta de vagas mediada pelo instituto sofreu uma queda de 30% a 40% no último ano. “Além da crise, a obrigatoriedade do vale-transporte, a diminuição de horas, a remuneração das férias e a diminuição da jornada em dias de prova ajudou a desenhar este quadro”, diz Lilian. Ela também vê pontos positivos na nova lei. “[A lei] trouxe a faculdade para mais perto, a instituição precisa saber se a empresa é idônea, se a atividade do estagiário tem relação com a grade curricular e precisa fazer relatórios periódicos”, diz. A figura do supervisor também é mais maleável. Não há mais obrigatoriedade para que tenha a mesma formação do aluno, basta que comprove experiência na função – com exceção das áreas de saúde.

Segundo Luiz Nicolau Mäder Sunyé, presidente do Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE), responsável por metade dos estágios do país, a lei fez com que o estagiário deixasse de ser um trabalhador barato e consolidou a atividade como um ato educativo supervisionado. A lei obriga, por exemplo, correspondência da atividade com o currículo escolar, comprovação de matrícula e mínimo de frequência na instituição de ensino. “Em 2008 o CIEE intermediou até 40 mil estágios ao mesmo tempo no Paraná. Hoje este número caiu para 30 mil. Mas a recuperação econômica e o conhecimento da lei têm feito este número subir”, diz.

Ensino Médio

Arone Junior, da Abres, diz que os maiores prejudicados foram os alunos do ensino médio. O artigo 17 da nova lei estipula cotas de estagiários desse nível de escolaridade de acordo com o número de empregados. “Se as empresas pequenas – de até 100 funcionários, responsáveis por 44,6% dos empregos no Brasil – não aumentaram o número de contratações, também não houve crescimento no número de estagiários.”

Segundo Márcia Walter, gerente de Recursos Humanos da Brose do Brasil, a nova lei não fez a empresa diminuir o número de estagiários, sete no mo­­mento, mas precisou readequar sua relação com eles, oferecendo bolsa, adaptando-se à oferta de licença remunerada e treinando gestores internamente. Foram criados turnos para poder cobrir a redução de 8 para 6 ho­­ras diárias. “Para 2010 planejamos aumentar o número de estagiários em áreas que ainda não oferece”, diz ela.

Para estagiário, mudança é positiva
O estagiário Alexandre Tremarim, de 21 anos, vivenciou as mudanças provocadas pela nova Lei do Estágio. Hoje cursando o segundo ano de Engenharia de Produção, na FAE Centro Universitário, ele iniciou o estágio na Brose do Brasil, multinacional alemã que produz componentes mecatrônicos, três meses antes da entrada em vigor da legislação. Ele considera a obrigatoriedade de no máximo 6 horas de trabalho uma das grandes vantagens, porque permite a realização do estágio sem atrapalhar os estudos. “[A lei] foi extremamente positiva porque ajudou bastante com os estudos. A redução da jornada não foi tão brusca a ponto de atrapalhar a empresa e foi extremamente boa para disponibilizar tempo aos estudos”, diz.

Outra mudança positiva, segundo ele, foi de as férias se tornarem obrigatórias e no mesmo período das férias da faculdade. “Ajuda muito os estudantes que são de fora da cidade. Eu, por exemplo, sou de Santa Catarina e posso aproveitar para visitar minha família.”

Tremarim afirma que a relação entre o aluno e a faculdade aumentou, mas acha que pode ser melhorada. “Recebo e-mails constantes da faculdade, mas acredito que deveria haver um acompanhamento ainda mais próximo com o aluno”.

Adriano Justino

Gazeta do Povo

domingo, 4 de outubro de 2009

Jornalismo e literatura dão o tom da Feira do Livro do Sesc-PR

O Sesc-PR promove, a partir da próxima terça-feira (6), até o dia 11 de outubro (domingo), a 28.ª Feira do Livro. Trata-se de um evento temático, em que o foco será a relação entre Jornalismo e Li­­teratura – numa homenagem ao escritor Euclides da Cunha, morto há cem anos.

A programação conta com uma série de debates, que acontecerão no Sesc da Esquina (R. Vis­­conde do Rio Branco, 969).

Moacyr Scliar faz a paletra de abertura, na terça-feira, às 19h30. Na quarta-feira (7), às 9h30, os jornalistas Daniel Piza (O Estado de S.Paulo) e Almir de Freitas (Bravo!) fa­­lam sobre jornalismo cultural atual e seu futuro, com mediação de Paulo Camargo, editor do Ca­­derno G. No mesmo dia, às 19h30, o poeta Alexei Bueno faz palestra sobre Euclides da Cunha.

Na quinta-feira (8), a partir das 9h30, Fabrício Carpinejar e Sérgio Rodrigues conversam sobre jornalismo on-line e, na sexta-feira (9), também às 9h30, Ignácio de Lo­­yola Brandão e Affonso Romano de Sant’Anna discutem a crônica, um gênero sobretudo brasileiro.

A entrada para as mesas re­­don­­das é franca e precisa ser feita com antecendência nas unidades do Sesc-PR de Curitiba. Mais informações pelo telefone (41) 3304-2144.

Gazeta do Povo