terça-feira, 24 de maio de 2011

Semana começa com articulações por acordo sobre Código Florestal

Previsto para ser votado nesta terça-feira (24), após três adiamentos, o projeto de lei que altera o Código Florestal será tema de reuniões no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional. O governo tenta chegar a um acordo em torno do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para contornar três pontos de divergência nas negociações.
Nesta segunda (23), a presidente Dilma Rousseff deve tratar do tema com líderes da base aliada no Palácio do Planalto. Além disso, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), convocou um reunião para as 10h de terça (24) com parlamentares da base em uma última tentativa para costurar um acordo sobre o novo Código.
"A posição do governo é clara. Não concordamos com a legislação estadualizada, a anistia a desmatadores e a consolidação generalizada das ocupações em áreas de proteção permanente. Queremos um código equilibrado, que atenda às demandas dos ambientalistas e dos agricultores", disse o deputado na última sexta (20), após encontro, no Planalto, com Dilma e os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, Casa Civil, Antonio Palocci, Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, e Relações Institucionais, Luiz Sérgio.
Ao longo das últimas semanas o governo tentou, sem sucesso, convencer Aldo Rebelo a modificar o trecho da proposta que isentava pequenos produtores, com propriedades de até quatro módulos rurais, de recompor áreas da reserva legal desmatadas por eles até 2008. A reserva legal é a área de mata nativa que deve ser protegida dentro da propriedade.
Além disso, o Planalto luta para derrubar o artigo da proposta do relator que prevê a consolidação de ocupações em áreas de proteção permanente (APPs). Na prática, este artigo prevê autorização para que produtores que ocupam APPs mantenham o plantio. O governo quer aumentar as restrições para este tipo de ocupação.
De acordo com Vaccarezza, um dos principais objetivos da reunião de terça com líderes da base é alcançar um consenso para a derrubada de uma emenda à proposta do relator que autoriza estados e municípios a normatizar áreas de proteção permanente por meio de programas estaduais. Atualmente a prerrogativa é do Executivo, que normatiza as APPs por decreto.
“Só a expectativa de aprovação do relatório do deputado Aldo aumentou o desmatamento em 400%. Não restará outra alternativa se na Câmara ou no Senado não tivemos a mudança dessa situação completamente retrógrada que estão querendo aprovar com relação às nossas florestas. Restará à presidente ter que vetar”, disse.Segundo o deputado, Dilma pode vir a vetar os trechos do projeto que não atendam às reivindicações do governo. Preocupada com os retrocessos na lei ambiental que o novo código poderá provocar, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também defendeu, neste domingo (22), que a presidente utilize o poder de veto caso o relatório de Aldo Rebelo seja aprovado no Congresso.
Agenda
Doze medidas provisórias trancam a pauta da Câmara dos Deputados. Uma delas, que não tem acordo para votação e deve provocar polêmica, flexibiliza as regras de licitação para obras relacionadas às Olimpíadas de 2016 e à Copa do Mundo de 2014. O texto permite licitar um empreendimento atribuindo ao vencedor a realização de todas as etapas até sua entrega ao contratante em condições de operação.
O contratado será responsável, inclusive, pela elaboração dos projetos básico e executivo – documentos técnicos em que todos os aspectos são detalhados.
Outro assunto que deve movimentar a Câmara é o preço do combustível. Na quarta (25), a Comissão de Minas e Energia realiza audiência pública com o diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, o presidente da União da Indústria da Cana de Açúcar, Marcos Jank, e o presidente do Comércio Varejista de Combustíveis, Paulo Soares.
Comentário: o código florestal é tão polêmico, que tem consequencias até com as construções para Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016 e o preço do combustível outra situação indefinida por causa do código. Pela terceira vez ambientalistas e agricultores querem chegar em um equilíbrio que fica cada vez mais impossível de alcançar.

Fonte: http://clipingvillare.blogspot.com/

domingo, 15 de maio de 2011

Clipping - Atualidário - Atualidades

Cada vez mais a matéria "Atualidades" ganha espaço nos vestibulares, ENEM, concursos públicos e outros, ainda que não receba o nome específico de "Atualidades". Não é para menos. Em nosso mundo dinâmico o conhecimento do que ocorre é essencial. E por mais que alguns professores possam reclamar da falta de conhecimento de mundo dos alunos, percebemos que é função da escola mediar contato dos alunos com esse "mundo lá fora".


Entretanto, ter conhecimento nomes e datas pode não ser assim tão eficiente. Não basta que os alunos engulam informações, é preciso que eles consigam compreender os acontecimentos dentro de um contexto amplo, que consigam tecer opiniões sobre as notícias (não "achismos" que somente se faz reproduzir o que se ouviu em casa, leu na revista ou viu no jornal), mas uma opinião que possa levar em conta diversas facetas de uma notícia e a reflexão pessoal sobre ela.


E como a escola pode contribuir para esse aspecto tão difícil da vida que confunde até mesmo os adultos?


Há dois anos utilizo duas ferramentas que, embora não sejam perfeitas, têm me ajudado a cumprir os objetivos acima.


O Clipping e o "Atualidário" (Compartilhamento de conceitos através de anotação pessoal)


Neste post falarei apenas no Clipping, depois, trataremos do "atualidário" .


Muitas empresas utilizam o Clipping. Trata-se de uma seleção de notícias de um determinado tema, que é pertinente à sua área de atuação que é repassado aos funcionários, para que eles possam sempre estar "por dentro" do que acontece no âmbito correspondente. Isso é feito de forma objetiva e resumida, não dando margem a que eles se "percam" atrás de notícias de "menor importância"


No caso da escola, o projeto do Clipping funciona assim:
Divido os alunos em grupos temáticos: Exemplo: Política Nacional e Internacional, Economia Nacional e Internacional, Cultura, Saúde e Tecnologia. Cada aluno também recebe um dia de postagem semanal.


Criamos um blog e cada aluno entra semanalmente, no dia de sua postagem, para colocar no uma notícia, retirada de um jornal online, a respeito do seu tema. Durante toda a primeira etapa (com duração de 1 a 2 meses) somente peço que entrem e postem.


Para o professor essa é uma ferramenta muito cômoda. Isso porque o Blogger possui uma seção chamada "marcadores". É necessário pedir que os alunos "assinem" e o tema. Exemplo: "1-A João da Silva, Economia Internacional" assim o blogger entenderá que há dois marcadores. Basta, depois, o professor separar qual marcador é "nome" e qual é "assunto".





Para isso é necessário entrar em "Design" e em "Adicionar Gadget"





Selecione "marcadores" e clique no +



Selecione o que você quer usar.



E então selecione apenas os nomes dos alunos. Depois repita o procedimento marcando apenas os temas das postagens.



É importante, entretanto, que após as postagens você comece a trabalhar pouco a pouco a "fase 2" que é o comentário crítico. Essa parte é mais difícil, pois é necessário que o aluno já tenha certa consciência do que está acontecendo e do contexto das notícias, que precisa ser discutido em sala de aula.


Essa crítica serve para mostrar ao leitor do Clipping que há mais informações para serem consideradas, além das que estão colocadas na notícia, tentando contextualizar essa em um cenário mais amplo.

O Resultado do Clipping que venho desenvolvendo com os alunos está aqui.
http://clipingvillare.blogspot.com/


É importante perceber que esse post está sendo feito em março e que os alunos tiveram apenas 2 meses para treinarem, entretanto, mesmo com apenas dois meses de trabalho, já podemos perceber um grande avanço (repare nas postagens mais antigas).
Além disso, é interessante que os professores compartilhem entre si os Clippings de seus alunos, de modo que em cada escola os alunos tenham acesso a Clippings feitos por outras instituições.


Fonte: Leandro Villela de Azevedo - professorleandrovillela@gmail.com
http://tecnaula.blogspot.com/2011/03/clipping-atualidario-atualidades.html
(Revisado por Heloisa Machado em 03/05)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Imprensa enfraquece os partidos, diz Sarney

Para o presidente do Senado, políticos precisam criar mecanismos para que não percam sua “legitimidade” diante da atuação dos jornalistas
05/05/2011 | 00:17 Folhapress Em seminário do PMDB que discutiu ontem estratégias de comunicação política, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que a mídia enfraquece os poderes dos partidos políticos no Brasil. Segundo Sarney, os políticos precisam criar mecanismos para que não percam sua “legitimidade” diante da atuação da imprensa.
“O Congresso, depois de um mês [das eleições], dois, três, começa a ser contestado. Os deputados não sabem porque foram eleitos e o eleitor não sabe mais que elegeu o deputado. A partir daí, a mídia e seus instrumentos entram e dizem: não, nós passamos a representar o povo. Esse é o grande desafio do mundo atual, da classe política.”

Sarney disse que todos os políticos se queixam da imprensa, mas precisam fazer a “sua parte” ao defender que a liberdade de expressão sirva à democracia sem “desvirtuá-la”.

Apesar das críticas, Sarney disse ser contrário a instrumentos de controle da imprensa brasileira. “Até o tempo corrige os equívocos que a mídia corrige. Talvez eu tenha sido o presidente mais criticado da história do Brasil, mas nunca ninguém viu da minha parte nenhuma reação violenta contra isso.”

O peemedebista afirmou que a imprensa, as ONGs e a própria sociedade civil tiram “nacos” da atividade política – o que enfraquece os partidos e o Congresso. “Nós precisamos disputar esse espaço de saber quem representa a opinião pública”, afirmou.

O PMDB organizou seminário para discutir novas estratégias de mídia com a presença de marqueteiros norte-americanos responsáveis pela campanha de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos.

O vice-presidente Michel Temer disse que os peemedebistas precisam melhorar sua estratégia de comunicação para que a sociedade conheça as ações do partido.

“Quando você realiza as coisas e não consegue transmiti-las ao grande público, a imagem geral que se tem do partido muitas vezes é negativa. O que o partido faz não chega ao grande público”, afirmou.

Para o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), os políticos precisam interagir com a sociedade para que sua representação não “caduque”. “O nosso problema é como o PMDB, o maior partido do Brasil, dialoga com a sociedade. Cada vez mais a sociedade demanda informações que a mídia tradicional não é capaz de atender.”


Fonte: Jornal de Londrina

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Comentários sobre empresas na internet viram estatística

O hábito comum dos internautas de elogiar e reclamar de produtos e serviços em blogs, sites de relacionamento e fóruns de discussão, para chamar a atenção dos demais consumidores, vai se transformar em estatística. Com base nas opiniões dos internautas, a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) lançou ontem o Índice Nacional de Satisfação do Consumidor (INSC), primeiro indicador brasileiro criado totalmente com base em dados levantados na internet.

De acordo com as informações da primeira pesquisa, 62,3% dos consumidores estão satisfeitos com produtos e serviços de quatro setores da economia, formados por sete subsetores e 28 empresas. Entre os setores que receberam as piores avaliações estão informação (empresas de telecomunicações), com apenas 45,6% de satisfação; e financeiro (bancos), com 51%. Varejo e bens de consumo foram mais bem avaliados.

Para o Diretor Nacional de Graduação da ESPM, Ale­xandre Gracioso, o resultado médio revelado pela pesquisa foi positivo. “Os dados refletem um bom índice de satisfação e, com eles, as empresas podem agora ter instrumentos para gerir estrategicamente seus produtos e serviços. O consumidor brasileiro está satisfeito, mas essa média pode melhorar muito”, analisa Gracioso.

Entre os subsetores que tiveram as melhores taxas estão cuidados pessoais e supermercados. Para o diretor, esse dado reflete diretamente a melhora na qualidade de vida dos consumidores. “A satisfação nesse setor está relacionada ao acesso a esses produtos. Hoje os brasileiros podem ir ao supermercado e comprar o que desejam, como produtos de higiene pessoal, que agora fazem parte da cesta de produtos consumidos”, ressalta.

O estudo conclui ainda que a maior insatisfação com os setores bancário e de telecomunicações está relacionada ao aumento do consumo desses serviços, que necessitam, segundo a ESPM, de mais tempo para estruturar o atendimento. “O Brasil tem hoje mais de um celular por pessoa e esse crescimento foi muito rápido. A medição mostra que essa questão precisa ser rapidamente resolvida”, afirma o diretor. Outro dado do estudo aponta que o valor dos bens de consumo não é problema para os brasileiros. Fatores que melhoram a avaliação são a qualidade percebida e a expectativa do consumidor com aquele produto.
Para criar o índice de satisfação dos consumidores, a ESPM, junto com a Rapp Worldwide, coleta cerca de 60 mil comentários publicados por mês na internet. Se as manifestações trouxerem o nome de uma das 28 empresas analisadas, os comentários são divididos em “positivo” e “negativo”, e em seguida computados. O primeiro INSC diz respeito aos dados coletados em abril e, de agora em diante, a divulgação será mensal.

Fonte: Gazeta do Povo

terça-feira, 3 de maio de 2011

Esmalte pode causar câncer

Proteste avalia produtos e o resultado é surpreendente
A Proteste Associação dos Consumidores comparou a qualidade dos esmaltes, considerando a sua durabilidade, abrasividade, tempo de secagem e brilho. Entre as conclusões da avaliação a mais grave foi encontrar um produto que continha ingredientes que podem causar não apenas alergia, mas câncer.
Entre as marcas avaliadas e recomendados para não serem usados estão o Impala Branco (Tradicional), Impala Branco (Hipoalergênico), Impala Cigana, Impala Top Blanc, Risqué Bianco Puríssimo, Risqué Paris (Tradicional) e Risqué Renda (Tradicional).
Já os esmaltes Colorama Leite de Coco, Colorama Via Láctea, Risqué Renda (Hipoalergênico), Colorama Batida de Coco e Risqué Paris (Hipoalergênico) foram aprovados pela equipe da Proteste.
Em geral, os esmaltes trazem vários componentes que podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, a equipe da Proteste mediu a concentração dos mais prováveis de serem encontrados nesse tipo de produto. O resultado não foi nada bom, uma vez que a quantidade encontrada apontava para altas concentrações na maioria dos produtos testados.


As substâncias analisadas e apontadas com altamente perigosos foram foramdibutyl phtalate (banido em cosméticos, inclusive esmaltes, em toda a Europa), nitrotoluene, toluene e furfural (compostos comprovadamente cancerígenos).
Segundo a Proteste, no caso do dibutyl phtalate e do nitrotoluene, não existem referências aos mesmos na legislação brasileira. Já toluene e furfural não possuem limites para uso na legislação brasileira. Analisando pelas normas europeias, a quantidade máxima permitida de toluene é de 25% (250.000 mg/kg) e a de furfural, 360 mg/kg.
Os únicos produtos brasileiros que poderiam ser comercializados nos países europeus são os da Colorama e os hipoalergênicos da Risqué. Os produtos da Impala (inclusive os da linha hipoalergênica) contêm dibutylphtalate e toluene em concentrações muito altas e os produtos tradicionais da Risqué apresentam nitrotoluene e toluene em grandes quantidades. Por isso, esses produtos receberam uma avaliação ruim nesse item, o que prejudicou sua avaliação final.

Fonte: Bem Paraná