quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hemepar enfrenta queda no estoque de sangue

Estoque caiu em 40% em função de férias e viagens


O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) está precisando de doadores de todos os tipos de sangue e por isso está chamando seus colaboradores. Com a chegada das festas de final de ano, o número de doações cai e é neste momento que o centro mais precisa de doadores voluntários. A queda no número de doações, nesta época do ano, pode chegar até 40%.

Além da demanda rotineira, em virtude dos procedimentos transfusionais, este período do ano também é marcado por acidentes automobilísticos, resultando consequentemente no aumento da demanda de atendimento aos pacientes e maior necessidade de sangue.

Com uma doação é possível separar quatro hemocomponentes fundamentais para o tratamento de pacientes: as hemácias, as plaquetas, o plasma e o crioprecipitado. "Algumas doenças genéticas, como a talassemia e a anemia falciforme, afetam o sangue, destruindo os glóbulos", explica a diretora do Hemepar, Suzana Mercer. Por esse motivo, ressalta que o sangue utilizado para transfusão deve provir de pessoas com boa saúde. "O sangue é um tecido vivo e também renovável", completa.

A Hemorrede é composta por 24 unidades distribuídas pelo Paraná que atende cerca de 400 hospitais e outros estabelecimentos de saúde. Em Curitiba e Região Metropolitana, o Hemepar atende 40 hospitais, entre eles o Hospital do Trabalhador, Hospital Angelina Caron e Hospital São Lucas de Curitiba que são responsáveis pelo atendimento de urgências/traumas, transplantes, cirurgias cardíacas, entre outras doenças que exigem transfusões sanguíneas.

O Hemepar funciona de segunda a sexta-feira das 7h30 até às 18h30 e no sábado das 8h às 17h. A unidade terá atendimento especial nos dias 24 e 31 de dezembro, das 7h30 até às 13h. Em Curitiba, o doador pode se dirigir até a unidade para fazer a doação ou se cadastrar como voluntário. O endereço é Travessa João Prosdócimo, nº 145, no Alto da XV. Mais informações pelo telefone (41) 3281-4000.

Fonte: Jornale

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Espírito de Natal ajuda quem depende da bondade alheia

Pedro de Castro
Mães e filhos que pedem e vendem balinhas chegam a fazer R$ 150 por dia no fim do ano. A renda é proporcional ao número de crianças

Próximo ao fim do ano e das festas religiosas, famílias que dependem da generosidade de desconhecidos sentem um aumento nas doações de roupas, comida e dinheiro. Elas chegam a dobrar a renda em dezembro – pedindo e vendendo balas em esquinas, lanchonetes e bares. A reportagem saiu às ruas da região central de Curitiba, conversou com cerca de 20 pessoas, entre adultos, crianças e famílias inteiras, e descobriu que a época de fim de ano é um alívio para os mais necessitados. O dinheiro é usado para comprar produtos que são inacessíveis no resto do ano, como sapatos.

“As pessoas sentem pena mesmo”, julga Giovana Alves, de 29 anos, que vende balas em sinais e lojas do centro há três anos. O sentimento é bem-vindo. No fim do ano passado, Giovana chegou a ganhar 11 cestas básicas de fregueses mais fiéis. “São senhoras que passam por lá todos os dias. Elas apontam onde vão parar o carro, e a gente vai lá apanhar as cestas”, explica. Alimentando ela, o marido e os filhos Johnatan, de 7 anos, e Xaiane, de 9, as doações duraram em torno de três meses. “Foi uma bênção, pena que esse ano ainda não recebemos nada assim”, lamenta.

Não que a época de Natal não tenha melhorado as contas neste ano. O lado negativo é que o aumento de dinheiro tem a ver com a permanência de crianças nas ruas. Os filhos de Giovana saíram de férias escolares e a acompanham no trabalho. O trio fez as vendas subir de duas caixinhas de bala por dia para quatro: de R$ 40 para R$ 80. Giovana não é a única para quem o fim das aulas significa levar os filhos para pedir e vender balas. A relação entre o número de crianças que saem com as mães e o aumento do dinheiro recebido é evidente.

Crianças

As irmãs Vanderleia Fernandes, 28 anos, e Aline Braga, 20, ilustram bem essa conexão. A renda das duas dobra em dezembro, mas Vanderleia sai na frente. Ela tem cinco filhos, com 3 a 11 anos, que em dezembro se­­guem todos a mãe. “Não tenho onde deixar e eles ajudam, né?”, explica. E a ajuda não é pouca. Van­derleia costuma fazer R$ 80 por dia vendendo balinhas em sinais e lanchonetes ao longo do ano. Em dezembro, esse valor chega a R$ 150.

Já o ganho com balas de Ali­­ne, mãe de dois filhos – Sa­­muel, de 6 anos, e Monique, de 3 –, vai de R$ 50 para R$ 100, na comparação de dezembro com o resto do ano. “É por causa do dó. Não por nós, mas pelas crianças”, percebe. As duas mo­­ram no Jardim da Ordem, uma ocupação no Tatuquara, e não vão ao centro todo dia. Mas, segundo as contas de cabeça delas, Vanderleia chega a fazer R$ 3 mil em dezembro e Aline, R$ 2 mil. Elas dizem que os fi­­lhos estudam e só trabalham no fim do ano. As irmãs são um retrato bastante fiel da condição de mães pedintes e vendedoras de balas: maternidade precoce, rejeição pelo pai e desemprego do marido. Vanderleia, inclusive, já pedia quando criança. Hoje em dia só sai quando o marido está desempregado – o que não é raro. Aline está sem outra opção há dois anos, uma vez que os pais das crianças não mandam dinheiro. A caridade de fim de ano é fundamental para elas.

O dinheiro que entra – de­­pois dos R$ 200 do aluguel e das compras diárias de comida (elas têm ligações irregulares de luz e se enquadram na tarifa social da água) – serve para comprar tênis para as crianças. Um par por ano. Isso porque os pés de­­las ainda estão crescendo. Aline já calçou os filhos, mas os caçulas de Vanderleia, Kelly, de 6 anos, e Carolin, de 3, esperam sua vez. “É só para usar na escola, nada de sair brincar de tênis novo”, ensinam. As crianças ain­­da pedem, e ganham, material escolar em lojas populares.

Sonho

As coisas não melhoram só para quem leva as crianças a tiracolo. José Francisco Pinto, de 61 anos, engraxava sapatos há dois anos na Praça Tira­­dentes, mas acabou perdendo o posto depois da reforma (o material ela alugado). Desde então, o jeito foi vender balinhas, uma quadra para baixo. José tem uma deformidade de nascença nos pés, que dificulta sua locomoção.

Ele paga R$ 300 por mês pelo quarto de hotel. É quase tudo o que ganha ao longo do ano. Mas em dezembro o dinheiro chega a R$ 900, e ele consegue poupar para realizar um sonho. “Custa R$ 7 mil a moto que eu quero com­­prar. Ela é cara por causa da partida elétrica. Não tenho co­­mo ligar de outro jeito por causa dos meus pés”, conta. “Daí posso passar a fazer entregas”, planeja.

Caridade não é só esmola
A caridade exige mais que a esmola, ainda mais porque não dá para saber se o dinheiro que se dá tem o destino que se imagina, julga o padre José Apare­cido, secretário da Ação Social do Paraná, entidade beneficente ligada à Igreja Católica. “An­­tigamente, ou mesmo em uma cidade pequena, o doar puro e simples era positivo porque vo­­cê sabia que a pessoa tinha certa necessidade e iria usá-la pa­­ra isso”, pensa.

Benefício próprio
Isso não mais se aplica, acredita Aparecido, porque a esmola faz mais bem a quem dá. “A pes­­soa se sente sensibilizada e acaba dando um dinheiro para se sentir bem, achar que fez al­­guma coisa e que é uma boa pes­­soa. É claro que se alguém te pedir comida ou roupas, vo­­cê vai matar a fome ou o frio que ele sente. Mas a verdadeira caridade é quando você se en­­volve na vida das pessoas.” (PC)

Entidades de filantropia intensificam campanhas
Fim de ano é época de as entidades beneficentes intensificarem as campanhas que sempre fazem por doações. O espírito natalino se manifesta na venda de cartões e no aumento de doações de móveis e de compra de usados nos bazares. A caridade é um alívio para as contas das instituições que precisam pagar férias e 13° salário a todos os seus funcionários, o que nem sempre é fácil.

A Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN), por exemplo, começou o mês de dezembro neste ano com o pé direito. O bazar de produtos apreendidos pela Receita Federal foi um sucesso e arrecadou R$ 18 mil na primeira semana do mês. Já é um aumento de 50% se o valor for comparado aos R$ 12 mil que a instituição costuma receber de doações nos demais meses do ano.

Espera
Quem liga para doar móveis e brinquedos ao Pequeno Coto­­lengo tem de esperar até três dias para que o caminhão vá buscar. As ligações de doadores sobem de 12 para 30 por dia em dezembro e os motoristas quase não dão conta. As doações em dinheiro aumentam em torno de 30%.

“Esse aumento do valor é pa­­ra pagar as obrigações com funcionários mesmo. Quando precisamos de obras maiores, fazemos campanhas especiais”, ex­­plica o diretor do Pe­­que­­no Coto­lengo, padre Val­­deci Marcolino.

“O ideal seria que essa vontade de ajudar fosse constante ao longo do ano. Mas há pessoas que ajudam nessa época, vêm conhecer nosso trabalho e acabam virando doadoras e nos visitando ao longo do ano”, conta o secretário da APACN, o voluntário Clé­ber Mendes de Andrade. (PC)

Fonte: Gazeta do Povo

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Organize seu fluxo de caixa e comece janeiro no verde

Por Dora Ramos - www.administradores.com.br

É o instrumento de auxílio ao executivo nas tomadas de decisões mais importantes da organização, como prever as necessidades de captação de recursos e os períodos em que haverá sobras para aplicar esses excedentes de caixa nas opções mais lucrativas.

Em dezembro, o fluxo de caixa deve ser administrado com cautela. Nesta época, os gastos aumentam com o pagamento do 13° salário aos colaboradores, festas corporativas e benefícios especiais como cestas de Natal. Mas é em janeiro que a situação tende a piorar, já que nesse mês a carga tributária é maior, além do acúmulo de pagamento das férias.

Para quem não quer iniciar o ano no vermelho, é importante saber que o planejamento de um fluxo de caixa pode ser realizado diariamente, mensalmente ou trimestralmente e é considerado também como um indicador de desempenho da empresa. Para os empreendedores da área de comércio, é recomendado que aproveitem os lucros com o aumento das vendas em dezembro, preparando-se para os gastos em 2010.

Em alguns casos, é comum as empresas se perderem nas despesas de final de ano e terem grandes problemas financeiros no início do próximo período fiscal. As causas podem estar relacionadas a falta de programação de um fluxo de caixa eficaz e bem alimentado. O mecanismo dessa ferramenta não é tão complexo quanto parece, mas é necessário que exista uma atualização constante do movimento financeiro, e, sobretudo, comprometimento com as informações. Além disso, é importante que a planilha seja de fácil entendimento e esteja sempre disponível para consultas do administrador.

Por ser um momento delicado para as contas da organização, é preciso maior atenção às relações com o contador, peça chave para que o sucesso financeiro seja possível. Sendo assim, a confiabilidade em seu contador deve ser repensada neste período. Esta é a hora de analisar os erros ocorridos durante a gestão que se encerra, para transformá-los em ações certas e produtivas para o próximo ano.

* Dora Ramos atua no mercado contábil-administrativo há mais de vinte anos. É fundadora e diretora responsável pela Fharos Assessoria

Fonte: Administradores.com.br

Um basta à discriminação!

Por Thiele Lopes Reinheimer,
graduanda em Ciências Jurídicas e Sociais.

Este artigo é muito mais um desabafo para os muitos que não ousam falar.

No mês de novembro, uma enquete realizada pela Agência do Senado e da Secretaria de Pesquisas e Opinião Pública (Sepop), perguntou a opinião dos internautas a respeito da posição em relação ao Projeto de Lei nº 122/2006, que está tramitando no Senado e que torna crime a discriminação contra idosos, deficientes e homossexuais.

Surpreendentemente, o resultado foi 51,54% dos votos contrários à proposta e 48,46% a favor [1].

É quase inconcebível que nos dias de hoje esta acirrada pesquisa nos mostre, mais uma vez, que o preconceito continua arraigado na nossa sociedade. Relata a reportagem, que esta foi a pesquisa que mais mobilizou votantes desde que este tipo de consulta foi criado.

Mesmo com a mudança do conceito de famílias, que se pluraliza a cada dia, muitos insistem em vendar os olhos e permanecer sem enxergar a realidade que se molda no cotidiano atual. Os lares de famílias homoafetivas estão concretizados havendo uma legislação que os ampare ou não. Não há como o legislador continuar fingindo que a homoafetividade não existe, permanecendo calado e tratando-os com esta invisibilidade.

Famílias estas que só querem seus direitos reconhecidos: direito de amar, direito ao casamento, direito a um benefício previdenciário, direitos sucessórios no falecimento de seu companheiro(a), direito a alimentos, direito a dar amor a quem está esperando pela adoção em abrigos e necessitando de carinho, já que por um motivo ou outro foram impossibilitados de permanecer no seio de sua família biológica. E

Estas uniões homoafetivas urgem pela felicidade! Estas famílias reivindicam o reconhecimento perante a Lei.

É sabido que vivemos em um Estado democrático de Direito e princípios e direitos fundamentais previstos na Constituição Federal servem para unificar e dar coerência ao ordenamento jurídico[2]. No entanto, os princípios da dignidade da pessoa humana, da liberdade e da igualdade e respeito à diferença, acabam por perder sua função uma vez que não são assegurados.

Não aprovar este projeto de lei, que visa acabar com esta absurda discriminação que paira em mentes retrógradas e conservadoras, é, no mínimo, negar os preceitos constitucionais.

É claro que o direito homoafetivo já vem sendo aos poucos reconhecido nas jurisprudências dos tribunais de todo país. Decisões de todos os cantos mostram que a longa jornada para o fim da discriminação já foi iniciada.

Com mais um belíssimo trabalho, a advogada Maria Berenice Dias vem trazendo à tona esta mudança de paradigmas. Criou recentemente um portal com inúmeras decisões de primeiro e segundo grau que concederam algum direito a homossexuais e transexuais neste país ( www.direitohomoafetivo.com.br ).

Assim, é possível que os operadores do direito tenham mais acesso a este vasto material, e que com isso se consiga tornar o Direito Homoafetivo mais próximo de todos.

É claro que o caminho é árduo e que todos nós temos que continuar lutando para acabar com este tratamento injustificadamente desigual. No entanto, temos que parabenizar os magistrados que não se acovardaram em conceder direitos aos homossexuais e transexuais, e mostrar para os julgadores e legisladores que ainda não ousaram, enxergar a vida como ela é: sem preconceitos e sem desigualdades.
(*) E.mail: thielelr@hotmail.com

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[1] Disponível em < http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=97900&codAplicativo=2>. Acesso em 01.12.2009.
[2] Dias, Maria Berenice. União homoafetiva: o preconceito & a justiça. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 101.

Fonte: Espaço Vital

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Teatro para o Povo se despede

Neste domingo, o Centro Cultural Teatro Guaíra encerra a temporada deste ano com a última edição do projeto “Teatro para o Povo”

Neste domingo, o Centro Cultural Teatro Guaíra encerra a temporada deste ano com a última edição do projeto “Teatro para o Povo”. Foram realizadas 9 edições com 33 espetáculos, dos quais 6 foram apresentados em municípios vizinhos, os demais nos auditórios do Teatro Guaíra.

Para esta última temporada, estão programados 4 espetáculos, todos com entrada franca. No auditório Bento Munhoz da Rocha Neto - Guairão, às 18h o Balé Teatro Guaíra, Orquestra Sinfônica do Paraná e alunos da Escola de Dança Teatro Guaíra apresentam “O Quebra Nozes”, um dos sucessos de repertório da Companhia.

No auditório Salvador de Ferrante – Guairinha, às 11h a peça “Compadre Rico e Compadre Pobre", do grupo Karagoz K promete muita diversão.. No auditório Glauco Flores de Sá Brito – Miniauditório, às 11h a cantora, atriz e compositora, Chiris Gomes faz uma homenagem à Dalva de Oliveira, com o musical “Dalvaneios”.

O espetáculo “Auto da Estrela Guia” será realizado em Antonina, no Teatro Municipal, às 16h. O espetáculo “O Quebra Nozes”, que será apresentado no Guairão é mais um dos sucessos do Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná.

A montagem é assinada por Carla Reinecke, diretora do Balé Teatro Guaíra, com cenário e iluminação de Carlos Kur, figurinos e adereços de Paulinho Maia e Ricardo Garanhani. om música de Tchaikovsky e libreto de Marius Petipa baseado sobre o conto de Hoffmann, conta a mágica história da menina Clara e o seu boneco “Quebra Nozes”, que virá príncipe.

Fonte: Bem Paraná

Correios ofertam 297 vagas

Tribuna do Paraná - Tudo - Pág 04


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Correios prorrogam prazo para doações natalinas

A coordenação do Projeto Papai Noel da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos prorrogou o prazo para doações no Paraná. Agora, quem quiser fazer uma boa ação, atacando de Papai Noel, poderá adotar um ou mais pedidos encaminhados às agências dos Correios até dia 17 e entregar o presente até o dia 19 de dezembro.

De acordo com os Correios, das mais de 70 mil cartas que chegaram às agências dos Correios do Estado neste ano, apenas seis mil foram adotadas. No ano passado, os Correios receberam mais de 46 mil cartas no Estado, das quais 26 mil tiveram seus pedidos atendidos.

Em todo o País, foram mais de um milhão de cartas com pedidos de Natal. Cerca de 600 mil pedidos foram atendidos. Segundo o coordenador do Projeto Papai Noel dos Correios e diretor dos Correios, Areovaldo Figueiredo, não há uma restrição de tipos de pedidos, que variam de brinquedos a eletrodomésticos e até empregos.

No entanto, o programa tem tentado priorizar os pedidos de crianças com até dez anos de idade e que envolvam roupas, material escolar, brinquedos e alimentos. De acordo com Figueiredo, todos os esforços estão sendo feitos pelos Correios para que tanto os presentes doados quanto as respostas às cartas das crianças sejam entregues até o dia do Natal.

Ele conta que todo o efetivo dos Correios, cerca de 6,5 mil funcionários, está direta ou indiretamente participando do projeto. Em Curitiba, as cartas foram encaminhadas para oito agências. No interior do Estado, as cartas estão sendo centralizadas nas principais agências de cada cidade.

“Estamos contando com o apoio da população para superar a marca do último Natal, já que são pedidos que cabem no bolso de qualquer pessoa”, diz. Segundo o coordenador do projeto, o objetivo é encurtar as distâncias entre quem pede e quem dá o presente. A distribuição dos presentes por parte dos Correios segue até dia 22.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Estágio

O estágio não cria vínculo de emprego de qualquer natureza, mesmo quando o currículo do estagiário não condiz com as atividades do contratante. O entendimento é da Seção II Especializada em Dissídios Individuais do TST.

Fonte: BemParaná

Celebridades 'grudadas' no Twitter


Atores usam o microblog para tudo: de diário virtual até para descobrir onde tem blitz com bafômetro

O Twitter virou uma febre entre as celebridades. Vale qualquer assunto, desde discutir as teorias de Platão até comemorar a vitória do seu time no Campeonato Brasileiro. Mas conversar não é a única função da novidade tecnológica. Os apresentadores do ''Vídeo Show'', Fiorella Matheis e André Marques, usam o microblog para se informar sobre o trânsito e até os pontos onde haverá policiais com a temida blitz com bafômetro. Fiorella usa o ''Lei Seca'' para fugir dos engarrafamentos do Rio. ''Uso o Twitter para ver qual é o melhor trajeto a seguir, já que trabalho no Projac e moro em Ipanema'', diz.

Geovana Tominaga segue o ''G1'', que atualiza as notícias do Brasil e do mundo. A apresentadora gosta tanto do microblog que o colocou até no celular. Assim, pode acessar a qualquer hora, de qualquer lugar. ''Soube do apagão pelo Twitter porque a internet em casa não estava funcionando'', lembra.

A principal preocupação de Rodrigo Scarpa, mais conhecido como Repórter Vesgo, do ''Pânico na TV'', é não ''pagar mico'' no Twitter. ''Eu fico na tensão e tomo o maior cuidado com o que vou escrever. São muitas pessoas seguindo'', adverte o humorista, que tem quase 350 mil seguidores.

Ficar mais próximo dos fãs foi justamente o fator determinante para que Marco Pigossi, que faz o homossexual Cássio de ''Caras & Bocas'', se rendesse ao Twitter. ''Várias pessoas me cobravam isso, mas confesso que ainda me assusta um pouco porque muita gente tem acesso'', avalia. Marco também tem um blog, mas ele acha que o Twitter chega mais rápido até as pessoas. ''Fui lançado num personagem gay e eu necessitava me mostrar, dizer para as pessoas que eu era diferente. Deu certo'', comemora.

Apesar de todas as vantagens do Twitter, Paola Oliveira, a Verônica de ''Cama de Gato'', prefere ficar de fora. ''Eu não lido muito bem com esse negócio de Orkut, Twitter... Eu tenho um milhão de perfis, mas são todos falsos'', alerta a atriz, que só se permite acessar ao e-mail.

Fábia Oliveira
TV Press


Fonte: Folha de Londrina

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

José Alencar diz se preocupar quando liberdade de imprensa é cerceada

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Ao comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a proibição ao jornal O Estado de S. Paulo de publicar matérias sobre Fernando Sarney, o presidente da República em exercício, José Alencar, disse que tem preocupação quando a liberdade de imprensa é cerceada. Hoje (11), em entrevista, no Rio de Janeiro, Alencar não quis, entretanto, entrar no mérito do caso específico.

“Tem uma frase antiga, que agora não está me ocorrendo o autor dela: 'O preço da liberdade é a eterna vigilância'. E um dos instrumentos mais importantes para a liberdade é a liberdade de imprensa. Isso fortalece a própria democracia”, disse Alencar.

Há 133 dias, o jornal O Estado de S. Paulo foi impedido, por decisão judicial, de publicar matérias referentes à Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que tem entre os investigados o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney. Ele é acusado pela PF pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de influência e contra o sistema financeiro.

Ontem (10), o STF negou pedido de liminar do jornal contra decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), que proíbe a publicação de reportagens sobre a operação da PF.

O TJ-DF atendeu a pedido de Fernando Sarney cujo argumento é o de que o inquérito da Operação Boi Barrica tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sob segredo de Justiça, o que impede a divulgação de diálogos captados por meio de escuta telefônica.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Craque sem chuteiras


Ao criar o blog Mulher e Futebol, Marina Miyazaki Araújo exportou seu humor de Londrina para o Brasil

Ela diz que não entende nada de esporte mas, num ato de ousadia, resolveu criar um blog que, logo na apresentação, diz a que veio: ''O blog Mulher e Futebol, de Marina Miyazaki Araújo, tem como objetivo mostrar aos contaminados pelo futebol, uma visão livre de qualquer conhecimento técnico teórico ou prático sobre o esporte, a partir da crítica sem fundamento e puramente destrutiva da relação homem-bola.''

Aos 42 anos, casada e mãe, Marina deixou a carreira de psicóloga há algum tempo, sem imaginar que um dia se transformaria em cronista esportiva, levando seu nome e seu humor de Londrina para outras cidades do Brasil.

Há três anos, quando começou a escrever sobre o assunto, escondeu o fato da família nos primeiros meses, mas acabou contando ao marido que estava falando de futebol na internet, depois de ser citada pelo escritor e cronista esportivo Xico Sá em sua coluna na Folha de S.Paulo.

No comentário, Xico ainda brincava com seu nome, lembrando a música de Dorival Caymmi: ''Marina será morena, loira ou ruiva?'' Então, ela lhe mandou um e-mail avisando: ''Nada disso, sou japonesa.'' E perguntou: ''Você se referiu ao meu blog mesmo?'' Porque ainda acreditava que a tal Marina poderia ser outra pessoa. Mas não era. E, assim, a nova cronista - dedicada a esculhambar com times, técnicos e jogadores - começou a ganhar autoconfiança.

''Mas por que você decidiu escrever sobre este assunto?'' Para a pergunta que já ouviu tantas vezes, ela tem uma resposta rápida: ''Meu marido e meus filhos são fanáticos por futebol. São corintianos, daqueles que não perdem jogos na TV, guardam recortes de jornais e revistas, acompanham partidas com o radinho de pilha colado ao ouvido. Eu ficava ali vendo tudo e participando como podia.''

Num ambiente assim ''contaminado'', ela diz que não teve saída e costumava fazer comentários irônicos sobre a atuação dos times, técnicos, juízes e bandeirinhas. Um dia o marido sugeriu: ''Você devia escrever sobre isto.'' E, aparentemente, todos esqueceram o assunto, até Marina despontar na internet.

Ao elogio de Xico Sá seguiram-se outros. No seu blog há comentários de jornalistas como José Geraldo Couto, também da Folha de S.Paulo, que diz: ''Seus textos estão entre o que de melhor, mais original e divertido se produz hoje na crônica esportiva.''

O jornalista Ricardo Noblat também aprovou o estilo da blogueira de Londrina e sapecou outro elogio, com uma pequena sugestão: ''Dei boas risadas lendo seu blog. Além de bem escritos, seus textos são bem humorados, inteligentes e criativos. Podiam ser um pouco menores. Leitor de internet não gosta de textos grandes. Parabéns.''

Mas será que leitor não gosta mesmo de texto grande? Mais que isso: será que Marina leva a sério essa regra?

Ela argumenta: ''Sou mulher e por isto escrevo muito. Mulher fala muito, os homens se esquecem disso.'' E segue em frente com textos um pouco maiores que os de praxe num meio eletrônico, mas tão cheios de humor que o leitor vai até o ponto final.

Ela escreve: ''Definitivamente, o futebol está perdendo a graça, agora eles vêm com essa história de formação universitária para técnicos. Tá, eu sei que precisamos evoluir e a única saída para todos os problemas do mundo, quiçá do universo, está na educação. Não quero ser retrógrada, nem ignorante, desestimulando uma iniciativa tão bem intencionada e nobre. Quero apenas ressaltar: a melhora de uns é a desgraça de outros. O que seria do jornalista esportivo se não existisse o perna-de-pau? O que será de mim, se jogadores como o ex-pingolim-imaculado deixarem de falar 'iNdentidade'? E outros tantos deixarem de falar: 'ia indo, ia indo e iu', 'nem se eu tivesse dois pulmões, eu alcançaria aquela bola', 'eu posso não ser tão habilidoso, mas me esforço, sou um cara racista', 'quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe'; o que será das minhas tardes fúteis?''

Célia Musilli
Especial para a FOLHA


Fonte: Folha de Londrina 09/12/2009
Quem quiser conferir o Blog de Mulher e Futebol
segue o endereço mulherefutebol.com

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Jornais atacam Google News e cobram mais cooperação

A Associação Mundial de Jor­nais (WAN) voltou a atacar duramente o Google e reclamou da falta de cooperação para resolver a questão dos direitos autorais no uso de notícias pelos cha­mados “agregadores” na internet, entre os quais o Google News é o líder absoluto. “Temos tentado sen­tar para negociar, mas o Google não tem colaborado. En­­quanto isso, continua com sua clep­tomania”, disse Gavin O’Reil­­­­ly, presidente da WAN, na ses­­são de encerramento do 62.º con­­gresso mundial do setor.

O’Reilly se dirigia a David Drum­­mond, vice-presidente de assuntos jurídicos do Google, que participou do painel. Se­­gun­do O’Reilly, o Google tem sido “in­­sistentemente convocado” a colaborar com a implantação de um software, criado pela WAN, denominado ACAP, e que permite a um site noticioso controlar o uso de seu conteúdo por terceiros. “Vocês conversam aqui e ali, mas se recusam a sentar à mesa com a associação”, disse.

“Vim a esse debate em missão de paz e desarmado”, amenizou Drummond. “O Google não é o cul­­pado. Os jornais é que não es­­tão aproveitando todo o nosso po­­tencial, e deveriam trabalhar mais próximos a nós”, defendeu-se.

Visivelmente irritado, O’Reil­­­ly mencionou que recentemente o presidente mundial do Google, Eric Schmidt, disse em entrevista que “é um imperativo moral ajudar os jornais”. E rebateu: “Nin­guém aqui está falando em caridade, nem de certo ou errado. Es­­tamos falando de leis, de copyrights de conteúdos que, sejamos honestos, custa caro produzir.” “O Google sempre fala no tráfego que gera para os sites dos jornais. Mas não seria um direito das empresas escolher o que querem pelo seu conteúdo, se é tráfego, pagamento ou algo diferente?”, disse O’Reilly. “Se o Google reconhece a legitimidade dos direitos autorais, pelo menos deveria ser a fa­­vor da implantação do ACAP. Não estamos falando de algo abstrato, é só a lei.”

Drummond procurou con­­­­temporizar, afirmando que, na visão de sua empresa, o buscador não está infringindo direitos. “Temos uma diferença fundamental aí. Não consideramos que pesquisar e organizar links seja quebra de direitos.” Segundo ele, tem havido “decisões fa­­voráveis” de alguns tribunais pelo mundo. “Não queremos dar uma mãozinha, queremos que todo mundo ganhe dinheiro.” Mas Drummond admitiu que o Google “ainda não fez tudo o que está ao seu alcance”.

Acordo à vista?
Gratuidade será limitada

O Google anunciou na quinta-feira que vai limitar o acesso gratuito a notícias que exigem a assinatura do conteúdo. Pelas novas regras do Google News, cada usuário poderá ver, no máximo, cinco artigos diários de algum site que exige assinatura – casos, por exemplo, do Wall Street Journal e do Financial Times. Com isso, a empresa pretende impedir uma distorção. Reportagens que só eram disponíveis para assinantes do Wall Street Journal, o principal crítico do modelo de busca e um dos mais prejudicados pela distorção, podiam ser lidas gratuitamente na busca do Google News. Com isso, muitos usuários liam os artigos que lhes interessavam só pelo sistema de indexação de notícia, sem precisar assinar o jornal ou o site.

Fonte: Gazeta do Povo

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Jornais investem em novas plataformas

Grandes veículos ampliam o contato com o público-alvo por meio de projetos especiais
Publicado em 04/12/2009 Cinthia Scheffer

A marca dos grandes jornais não está mais restrita ao conjunto de cadernos que chega diariamente às bancas e à casa dos leitores. Com suplementos especiais, eventos, prêmios, concursos, gincanas e outras ações, os grandes veículos oferecem novas soluções comerciais, novos pontos de contato com o consumidor, nos quais “emprestam” a credibilidade da sua assinatura aos anunciantes. Assim, aumentam o faturamento comercial e ao mesmo tempo se aproximam dos leitores.

“Os grandes jornais já entenderam que um dos seus principais ativos são os leitores. Então, estão apostando em ações diferentes para buscar maior relacionamento com eles. Ao mesmo tempo, estão fazendo com que o anunciante participe da mídia de uma forma muito mais efetiva”, avalia o consultor de marketing e vendas Raphael Muller, da Resultado Consul­toria, que presta serviço para grandes veículos.

O diretor de planejamento e marketing do Grupo Estado, Armando Ruivo, confirma a aposta da empresa nesses projetos especiais e diz que há um aumento na demanda do mercado por novas formas de contato com seu públicos-alvo. Segundo o executivo, essas ações têm “blindado” o investimento dos anunciantes no grupo e, principalmente, trazem novas verbas publicitárias. Ele cita como exemplo o interesse de empresas como Ourocard e Kia Motors em patrocinar o Prêmio Paladar (que leva o nome do suplemento de gastronomia do jornal O Estado de São Paulo), realizado pelo grupo no fim de novembro. “São marcas que não estão diretamente ligadas à gastronomia, mas que apostaram na aderência que o assunto tem junto aos seus targets”, diz. “A revista especial sobre o tema teve mais de cem anunciantes.”

Segundo Ruivo, a área de projetos especiais vem ganhando participação no faturamento total do grupo desde a sua criação, em 2006. Neste ano, o faturamento do setor deve crescer 25% em relação a 2008. “Entendemos que o nosso principal ativo é a informação. E hoje ela está presente com as mesmas características do impresso em várias plataformas. A marca Estado empresta seu valor em todas essas ações”, diz.

Na Gazeta do Povo, os projetos especiais representam 6% do faturamento da área comercial, segundo a diretora da área, Luciana Lima. “E a nossa expectativa é que o porcentual chegue a 10% até o fim de 2010”, diz. “Estes projetos dão chance para que as pessoas possam interagir mais com a marca e o próprio conteúdo. Assim, conseguirmos envolver mais os anunciantes e os leitores. E, do ponto de vista comercial, oferecemos pacotes ainda mais interessantes, que vão muito além do centímetro/coluna.”

A equipe, criada há cinco anos, trabalha atualmente com a comercialização do projeto para a Copa do Mundo de 2010, que acontece na África do Sul. O projeto inclui cadernos especiais, encartados no jornal, blogs e outros canais on-line e promoções para leitores – foi criada, por exemplo, uma coleção exclusiva de copos, que serão distribuídos para assinantes em blitzes nas ruas, depois do início da cobertura. “Ligamos uma necessidade editorial nossa, de cobrir a Copa, com uma demanda do próprio mercado”, diz Luciana.


Fonte: Gazeta do Povo

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Jornais precisam cobrar por conteúdo na web, diz WAN

Estudo da associação mundial aponta que receita publicitária digital não está decolando
Ricardo Gandour, ENVIADO ESPECIAL, HYDERABAD, ÍNDIA

O faturamento das atividades digitais das empresas jornalísticas está crescendo mais devagar, obrigando os jornais a rever seus modelos de negócio - como, por exemplo, abraçar de vez a ideia de cobrar pela distribuição digital. Essa é a principal conclusão do trabalho anual "Tendências", apresentado na tarde de ontem na abertura do 62º congresso da Associação Mundial de Jornais (WAN, na sigla em inglês).

O estudo, conduzido pela consultoria PricewaterhouseCoopers, aponta que em 2008 o bolo publicitário global dos jornais foi de US$ 182 bilhões, dos quais apenas US$ 6 bilhões vieram da internet. O mesmo estudo projeta que as vendas digitais não passarão de US$ 8,4 bilhões em 2013 e que, neste ano, a soma das receitas do impresso e do digital não superarão as vendas "de papel" em 2008.

"Tão cedo as vendas digitais não compensarão a queda das receitas dos impressos", disse Timothy Balding, co-CEO da WAN. "Se os jornais quiserem manter sua liderança em conteúdos de qualidade, alguém vai ter de pagar por isso. Vamos ter de resolver a questão do pagamento digital, e rápido", disse Balding. O assunto esteve presente em todas as mesas de debate do congresso e também do 16º Fórum Mundial de Editores, que acontece em paralelo. "Para continuar competindo, os jornais terão de reassumir o controle do conteúdo", frisou.

BOAS NOTÍCIAS

O levantamento também trouxe algumas boas notícias. "Não é o apocalipse", disse Balding. Em 2008 (último ano fechado da série estatística - a crise adiou o congresso, programado originalmente para março, e também o fechamento da pesquisa), a circulação dos jornais pagos cresceu 1,3% em relação ao ano anterior, e 8,8 % nos últimos cinco anos. O desempenho global foi significativamente impactado pelo crescimento nos mercados emergentes. "Mas, mesmo nos mercados maduros, caso da Europa, a circulação caiu menos de 3% nos últimos cinco anos", disse Balding.


NÚMEROS

1,9 bilhão
de pessoas, ou 34% da população mundial, lê um jornal todo dia

24% da população
mundial usam a internet

107 milhões
de exemplares por dia é a circulação média dos jornais na Índia, ou 20% da circulação mundial. É o maior mercado mundial
60% da circulação
mundial de jornais está nos mercados da Índia, China e Japão

612 exemplares
por mil habitantes é a penetração dos jornais no Japão, o melhor índice mundial, seguido pela Noruega (576) e Finlândia (482)

91% dos japoneses
leem um jornal diariamente

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mídia digital exige transparência

Durante evento em Curitiba, especialistas em marketing e comunicação falam sobre a atuação das empresas nas redes sociais

Publicado em 01/12/2009 Cinthia Scheffer
Novas mídias e consumidores cada vez mais atuantes estão mudando a natureza das marcas e obrigando as empresas a repensarem a maneira como trabalham. “Muitas empresas vão ter que mudar radicalmente sua maneira da fazer negócio, ou serão varridas do mercado. A mídia digital está criando uma nova democracia ”, defendeu ontem o diretor mundial de marketing da Unilever, Simon Clift, que participou do Fórum de Marketing Curitiba 2009, promovido pela Univer­sidade Positivo.

Na avaliação do executivo, um dos grandes desafios do profissional de marketing hoje é saber conviver com essa realidade nas quais as marcas são “plataformas de conversação”, pontos de contato entre empresas e consumidores. Neste cenário, alerta, é fundamental levar em conta o que pensa e diz o consumidor e ser transparente. “Não se faz mais comunicação de cima para baixo, onde a empresa diz e o cliente simplesmente ouve. Nesse novo mundo há acesso mais rápido e há muito mais informação. Sobretudo, com mais transparência.”

Impacto

Para Clift, cabe às empresas não apenas cumprirem o que prometem, mas também adotarem práticas que realmente influenciem positivamente a sociedade onde elas atuam. “Não se trata de filantropia, mas de programas de marketing com impacto social”, diz. “Qualquer marca que não perceba sua responsabilidade na sociedade, cedo ou tarde vai ter que prestar contas.”

A transparência, na avaliação do vice-presidente da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), Guilherme Cunha Pereira, é fundamental em uma sociedade em rede. Em sua palestra, Cunha Pereira falou sobre o futuro da comunicação e do papel relevante que as redes sociais certamente terão. “Em grupos, os indivíduos se tornam comunidades organizadas que podem mover montanhas”, diz. Mas o mais importante, diz o vice-presidente, é pensar no rumo, no sentido em que essas montanhas serão movidas. “É essa dimensão que define o futuro. Ele não é fruto de determinismos tecnológicos.”

O vice-presidente da RPC defendeu ainda que não faz mais sentido pensar na comunicação de maneira analógica, e destacou que muitas empresas estão se definindo pelo conteúdo , e não pela plataforma usada. Cunha Pereira diz que o impacto das novas tecnologias na comunicação é inegável, mas alerta que é preciso ser cauteloso em relação a teorias que anunciam o fim das mídias tradicionais. “Há muitos espaços distintos, momentos e desejos na vida das pessoas.”

Para mostrar como a tecnologia pode ser aliada da comunicação neste cenário, os executivos da empresa portuguesa YDreams encheram o Teatro Positivo de bolhas de sabão virtuais (a partir da tecnologia da realidade aumentada). Miguel Remédio e António Câmara apresentaram cases desenvolvidos pela agência para clientes do mundo todo usando tecnologias que permitem a interatividade entre o consumidor e a propaganda. “Os consumidores estão cada vez mais desinteressados, querendo fugir da publicidade, e com menos tempo. É preciso se destacar. E usamos a interatividade para que ele deixe de ser um mero espectador”, diz Câmara.

Fonte: Gazeta do Povo

Censura prévia, nunca mais

Por: Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais

Nos próximos dias o Supremo Tribunal Federal deverá julgar ação do jornal O Estado de S.Paulo contra censura que vem sofrendo há mais de 120 dias, impedido que está por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal de publicar reportagens sobre operação da Polícia Federal que investigou denúncias de corrupção contra o empresário Fernando Sarney. O Supremo, que há alguns meses acabou com a autoritária Lei de Imprensa do regime militar, poderá, agora, fechar o ano com uma palavra definitiva em favor da liberdade de expressão e contra todo e qualquer tipo de censura prévia.

Por ocasião da última Assembleia Geral Sociedade Interamericana de Imprensa, realizada em Buenos Aires, no início de novembro, o caso do O Estado de S.Paulo foi considerado “emblemático” da gravidade dos crescentes e sucessivos episódios de censura prévia por determinação judicial registrados no Brasil, por sua duração e pela inconsistência jurídica das decisões tomadas. O julgamento, que promete ser histórico por seus desdobramentos, acontecerá graças ao acórdão sobre a Lei de Imprensa, do ministro Carlos Ayres Britto, recentemente divulgado.

É um texto memorável, que não deixa dúvida sobre a compreensão do Supremo quanto à liberdade de imprensa no Brasil. “Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, inclusive a procedente do Poder Judiciário”, diz o texto. O Supremo não poderia ter sido mais claro e preciso. Pois foi exatamente com base nesse acórdão que os advogados do “Estadão” entraram com uma ação judicial chamada simplesmente de “Reclamação”. Eles reclamam que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal não está cumprindo o que determina a mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro.

A expectativa de todos que consideram a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão como valores maiores da democracia é que o Supremo, no caso, mostre na prática aquilo que já definiu conceitualmente. Desta forma, estará apontando o caminho a ser seguido por todos os juízes que no futuro venham a se manifestar sobre a possibilidade da censura prévia.

O entendimento de que a censura prévia é uma afronta ao direito dos cidadãos de serem livremente informados e, portanto, uma afronta à própria democracia, implica também na certeza de que toda veiculação de informação ou opinião pode ser posteriormente punida caso se comprove mentirosa ou caluniosa. É dessa forma que se pratica o jornalismo responsável - independente, instigante, a serviço do interesse público, mas necessariamente cumpridor das leis que regem toda a sociedade. Censura prévia é um instrumento típico do autoritarismo, em que alguns decidem o que todos podem ou devem expressar e tomar conhecimento. Era assim no regime militar, quando censores ligavam para as redações dizendo o que podia ou não podia ser publicado. Ou quando censores ficavam nas próprias redações, vigiando cada vírgula do que se escrevia e determinando o que deveria ser cortado.

Nestes novos tempos inaugurados pelo julgamento da Lei de Imprensa, em que o Supremo reafirma a liberdade de imprensa como um sobredireito, não é adequada qualquer decisão judicial que venha impedir as informações de chegarem aos cidadãos. Mas, certamente, caberá aos mais altos representantes desse Poder Judiciário, no julgamento dos próximos dias, restabelecerem o que determina a Constituição. Censura prévia, nunca mais!

Fonte: Diário Popular