segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Jornais discutem o presente e, principalmente, o futuro

Cidade indiana é sede do congresso da Associação Mundial de Jornais e do Fórum Mundial de Editores
Ricardo Gandour, do Grupo Estado

HYDERABAD, Índia - Começa nesta terça-feira, 01, mais um congresso da Associação Mundial de Jornais, junto com o Fórum Mundial de Editores. São eventos em paralelo, o primeiro ocorre há 62 anos, e o segundo há 16, cada ano num país. Hyderabad, cidade do leste da Índia, é a anfitriã desta vez. Entre os publishers, CEOs e editores-chefe diz-se "é o congresso da WAN", numa referência à sigla em inglês da entidade.

Hyderadab nem sente
Os cerca de 1.500 participantes não serão suficientes para mudar a rotina dos 6 milhões de hyderabadenses. A sensação é que todos eles estão andando pelas ruas, a pé, de carro, lambreta ou principalmente espremidos em triciclos amarelos, espécies de romisetas feitas mini-táxis, cujos motoristas carregam quantos o cliente quiser - mesmo! Sexta cidade da Índia, é a capital da alta tecnologia para exportação, mas com precária infra-estrutura elétrica para consumo interno - a regra nos postes são os "gatos". O trânsito é caótico, semáforos e faixas de pedestre são raros e o acessório mais usado pelos motoristas é a buzina.

Mesas bem redondas
A "Wan" começa só na terça, mas nesta segunda, como acontece todo ano, tivemos as tradicionais mesas-redondas, espécie de pré-congresso. Chris Elliot, editor-chefe do jornal inglês "The Guardian", está numa delas, cujo título, provocativo, é "Imprensa Livre: Quão boa é uma Missão sem um Modelo de Negócio?". "Claro que o desempenho econômico é a base para que se possa ter jornalismo de qualidade. Bancar um repórter em Bagdá não sai menos de 300 mil dólares por ano", disse Elliot - que toca um jornal com modelo de negócio peculiar, já que pertence a uma fundação. A mesa é mesmo bem redonda: o debate é intenso entre palestrantes e audiência.

Conversa com Chris Elliot

Logo após a mesa redodnda, Elliot falou ao Estado:
O sr. mencionou que vê o poder legislativo perdendo poder em seu país, nas últimas décadas. A chamada "imprensa tradicional" parece também estar perdendo poder. Como vê esses dois movimentos?

Eles estão acontecendo em paralelo. Eu vejo em meu país a crescente força do poder executivo, em detrimento do legislativo. Os ministros, antes de tomarem decisões, vêm cada vez menos falar com o parlamento, se compararmos com tempos atrás. E o canal de reverberação do parlamento, junto à sociedade britânica, sempre foram os jornais, o que é bom para a democracia. Mas o hábito de leitura está mudando, as pessoas têm dedicado menos tempo às leituras mais aprofundadas, que consomem mais tempo. Isso já acontecia antes das novas mídias, mas estas aceleraram fortemente o fenômeno, provocando uma mudança radical nos modos de consumir informação. Mas os jornais têm que se adaptar a isto, tomando providências para que continuem atrativos. Minha grande preocupação é com a nossa imprensa regional, que sempre foi muito forte e crítica em relação aos governos e instituições de suas regiões. Hoje sinto que eles têm menos condições de bancar uma equipe qualificada e mais numerosa para manter essa missão com bom nível.

A sociedade se acostumará a esses novos padrões, aceitando-os? Qual o futuro do jornalismo?

Eu não acho que as necessidades das pessoas tenham mudado, acho que elas ainda querem consumir os frutos do bom jornalismo, as boas reportagens, reveladoras e bem editadas. Mas o público fará isto por meio de várias mídias, ao mesmo tempo de forma complementar. As empresas jornalísticas têm que entender isto e seguir editando em vários meios, no papel, na web, no twitter, blogs. Vamos em frente!

Liberdade russa
Irina Samokhina edita há 20 anos um jornal independente (leia-se 100% não pertencente ao governo) no sul da Rússia. "A pressão do governo hoje é muito mais sofisticada. A reação a uma reportagem crítica por vezes é o silêncio, acompanhado de manobras para esvaziar o assunto, desacreditar o jornal perante os leitores", afirmou. Dos 240 milhões de habitantes, apenas 30 milhões já têm acesso à internet.

E na Venezuela...
Miguel Henrique Otero dirige o "El Nacional", jornal venezuelano de oposição a Hugo Chávez fundado pela família há 64 anos. Na plateia, ele pediu a palavra para comentar as restrições de liberdade de imprensa em seu país. Depois, ele ampliou o assunto em conversa com o Estado:


O sr. disse que as empresas estatais estão boicotando o seu jornal, retirando o equivalente a 18% do faturamento publicitário do "El Nacional". Como estão lidando com isso?

É isso, é não é apenas um problema econômico. O plano de Chávez é ter uma hegemonia comunicacional. Isso significa "uma só voz". E o governo tem aplicado diversos métodos contra a imprensa independente. Começaram com agressão direta aos jornais, rádios e jornalistas. Há centenas de denúncias, junto a entidades internacionais, de ataques e agressões. Depois veio o ataque financeiro, retirando toda a publicidade oficial de todos os meios independentes.

A novidade agora são as mudanças na legislação, uma arquitetura legal que vai contra a imprensa independente, criminalizam jornalistas e frequentemente provocam o fechamento de jornais e rádios. Nos últimos três meses 24 estações de rádio encerraram atividades. Chávez está estendendo essa estratégia ao "seu" bloco, quero dizer Nicarágua, Bolívia, Equador e, provavelmente, o Uruguai. E veja a Argentina também com dificuldades. Então o problema é do continente.

Qual o impacto dessa situação no relacionamento com os jornalistas?
Não temos tido problemas. Eu penso que os jornalistas veem sua atividade como uma forma de lutar contra Chávez. Mas Chávez tem usado muitos métodos para desmoralizá-los como, por exemplo, programas nas redes de televisão estatais em que jornalistas são frequentemente insultados e ofendidos.

A abertura oficial
O pré-congresso da segunda-feira termina com a abertura "oficial" -um jantar-show no gramado de um dos novos hotéis de Hyderabad (que aliás é um canteiro de obras; como nas cidades chinesas, há sempre algo em construção). No palco, danças folclóricas. O olhar das belas dançarinas também se contorce ao som das melodias. A sensualidade parece uma vocação indiana, embora não se note em público, comenta o roteirista francês Jean-Claude Carrière em seu livro "Índia". Na terra onde nasceu o kama sutra, "os indianos acusam os ingleses de lhes terem trazido o puritanismo vitoriano", escreveu.

Fonte: estadao.com.br

domingo, 29 de novembro de 2009

Ainda podemos salvar a Amazônia

Poderíamos eliminar 17% de todas as emissões, se pu­­déssemos interromper o des­­matamento e as queimadas nas florestas tropicais

Publicado em 22/11/2009 Thomas L. Friedman
Não importa quantas vezes nós as vemos: há estatísticas que simplesmente nos impressionam. A que sempre me deixa perplexo é esta: imagine se pe­­gássemos todos os carros, caminhões, aviões, trens e navios do mundo e acrescentássemos mais a poluição do escapamento de todos os anos. A quantidade de dióxido de carbono (CO2) que todos esses carros, caminhões, aviões, trens e navios emitem de forma coletiva na atmosfera é, na verdade, menor que as emissões de carbono anuais resultantes do corte e do desmatamento de florestas tropicais em lugares como Brasil, Indonésia e Congo. Perdemos uma floresta tropical do tamanho do estado de Nova Iorque a cada ano, e o carbono emitido na atmosfera hoje corresponde a aproximadamente 17% de todas as emissões globais que contribuem para as mudanças climáticas.

Vai levar muito tempo para transformar a frota mundial de transporte em uma frota livre de emissões. Porém, no momento – tipo, amanhã –, poderíamos eliminar 17% de todas as emissões, se pudéssemos interromper o desmatamento e as queimadas nas florestas tropicais. Mas, para isso, é necessário colocar em prática um novo sistema de desenvolvimento econômico – um que torne mais lucrativo para países pobres e com florestas preservar e gerenciar suas árvores, em vez de cortá-las para produzir móveis ou plantar soja. Sem um novo sistema para o de­­senvolvimento econômico nos trópicos ricos em madeira, podemos dizer adeus às florestas.

O antigo modelo de crescimento econômico vai devorá-las. A única “Amazon” que seus netos vão conhecer é aquela que termina com ponto-com e vende livros. Para melhor entender a questão, estou visitando a Flo­­resta Nacional do Tapajós no co­­ração da Amazônia brasileira, em uma viagem organizada pela Conservation International e o governo brasileiro. Ao voar para cá em avião de hélice a partir de Manaus, você consegue entender por que a floresta amazônica é considerada um dos pulmões do planeta.

Até a 6.100 metros, tudo que se vê, em todas as direções, é uma expansão contínua de copas de árvores que, vistas de cima, parecem um infinito tapete de brócolis. Quando chegamos em terra, fomos de carro de Santarém a Tapajós, onde nos reunimos com a cooperativa comunitária que gerencia negócios ecológicos aqui, responsáveis pelo sustento das 8 mil pessoas que vivem nesta floresta protegida.

O que se aprende quando vo­­cê visita uma pequenina comunidade brasileira que de fato vive da e na floresta é uma verdade simples, mas crucial: para salvar um ecossistema natural, é preciso um ecossistema de mercados e governança. “Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento econômico – baseado em aumentar o padrão de vida das pessoas ao manter seu capital natural, não apenas convertendo aquele capital natural em criação de gado, agricultura industrial ou corte de madeira”, disse José Maria Silva, vice-presidente para a América do Sul da Conservation International. No momento, as pessoas que protegem a floresta recebem uma mi­­xaria – em comparação àqueles que a exploram –, embora saibamos que a floresta faz tudo, de manter o CO2 fora da atmosfera a manter o fluxo de água fresca nos rios. A boa notícia é que o Brasil tem posto em prática todos os elementos de um sistema para compensar os moradores da floresta por preservá-la. O Brasil já separou 43% da floresta amazônica para conservação e grupos indígenas. Entretanto, outros 19% da Amazônia já foram desflorestados por agricultores e fazendeiros. Assim, a grande questão é: o que vai acontecer com os outros 38%? Quanto mais o sistema brasileiro funcionar, mais desses 38% será preservado e menor será a redução de carbono que o mundo inteiro terá de empreender. Mas isso custa di­­nheiro. Os moradores da reserva Tapajós já estão organizados em cooperativas que vendem ecoturismo em trilhas florestais, mó­­veis e outros produtos de madeira feitos a partir de cortes seletivos sustentáveis, além de uma linha de bolsas bastante atraente feita de “couro ecológico”, também conhecido como borracha da floresta. Eles também recebem subsídios governamentais. Sérgio Pimentel, 48 anos, me explicou que costumava cultivar cerca de 2 hectares de terra para subsistência, mas agora está usando menos da metade de um hectare para sustentar sua família de seis pessoas. O restante da renda vem através dos negócios da cooperativa. “Nascemos nesta floresta”, acrescentou. “Então, sabemos a importância de sua preservação, mas precisamos ter um acesso melhor aos mercados globais para os produtos que criamos aqui. Você pode nos ajudar nisso?” Existem cooperativas como essa por todas as áreas protegidas da Floresta Amazônica. Porém, o sistema precisa de di­­nheiro – dinheiro para expandir para mais mercados, dinheiro para manter o monitoramento policial e o cumprimento das leis ambientais, e dinheiro para melhorar a produtividade da agricultura em áreas já degradadas, para que as pessoas não ocupem mais floresta. Qualquer que seja o projeto de lei de energia e clima aprovado no congresso americano, qualquer que seja o cenário resultante da conferência de Copenhague em dezembro – eles devem incluir recursos para financiar sistemas de conservação da floresta tropical como esses do Brasil. Os últimos 38% da Amazônia ainda estão disponíveis para quem pegar. Está lá, podemos salvar. Nossos netos vão agradecer.

Thomas Friedman é colunista do New York Times, vencedor de três prêmios Pulitzer.

Fonte: Gazeta do Povo

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Luis Fernando Verissimo autografa seu novo livro em Curitiba

Um dos mais importantes escritores brasileiros da atualidade. Essa é a melhor definição para falar de Luis Fernando Verissimo - conhecido por seus inúmeros livros, crônicas e textos de humor publicados diariamente em vários jornais do país.

Recatado, voz baixa e sem dar muitas entrevistas, ele prefere não falar de si. Mas quando aborda os assuntos que envolvem o país e o mundo, a genialidade vem à tona da mesma forma com que suas palavras descrevem com maestria as situações hilárias de suas histórias.

E por falar em humor, mais um trabalho acaba de chegar ao mercado editorial, “Os Espiões” (ed. Alfaguara, 144 pág., R$ 31,90). Dessa vez, um romance que o próprio Verissimo considera “seu”, do início ao fim, já que nunca havia escrito antes um romance por impulso próprio. “Esse aí eu mesmo resolvi me encomendar”, comenta.

Para os admiradores do escritor, aí vai uma excelente e rara oportunidade de encontrá-lo pessoalmente. No próximo dia 30 de novembro (segunda-feira), ele autografa a obra a partir das 19h30, na Livrarias Curitiba Megastore do Shopping Palladium (av. Presidente Kennedy, 4121, loja 2047, piso L2, Portão, tel. 41-3330-6749). A entrada é franca e desde o dia 21 estão sendo distribuídas 200 senhas nas oito lojas da rede na capital paranaense. Cada senha dá direito a dois autógrafos por pessoa. Somente quem tiver a senha e o livro poderá pegar autógrafo com o autor.

Enredo
Ainda se curando da ressaca do final de semana, na manhã de uma terça-feira, o funcionário de uma pequena editora recebe um envelope branco, endereçado com letra cursiva. Por pouco ele não o lançou direto para o lixo. Frustrado na vida profissional, desiludido com as mulheres, esse infeliz funcionário não costuma ter boa vontade com a humanidade. Mas algo chama sua atenção, a escrita trêmula, a florzinha no lugar do pingo do i – e assim o envelope pousa em sua vida como um pássaro perdido.

Dentro, as primeiras páginas de um livro de confissões escrito por uma certa Ariadne, que promete contar sua história com um amante secreto e depois se suicidar. Amante de histórias policiais, o editor fica fascinado pelo texto assinado por ela, apesar de seus erros gramaticais e a falta absoluta de vírgulas. Inspirado por John le Carré, ele vai convencendo seus amigos de bar a acompanhá-lo numa missão tão fascinante quanto patética: capturar Ariadne e salvar sua vida.

Mas quem é Ariadne? Na mitologia grega, a filha de Minos, rei de Creta, ajuda Teseu a sair do labirinto depois de ele matar o Minotauro. Em Os Espiões, Luis Fernando Verissimo, um dos autores de humor mais criativos e respeitados do país, cria uma Ariadne às avessas, que vai enfeitiçando o protagonista e seus amigos de bar, os deliciosos e risíveis espiões deste livro.

Sexto romance do autor, o livro de estreia na Alfaguara é o primeiro que o próprio Verissimo considera “seu”, do início ao fim, já que nunca havia escrito antes um romance por impulso próprio. As demais narrativas do gênero que o autor escreveu (O Jardim do Diabo, O Clube dos Anjos, Borges e os Orangotangos Eternos, O Opositor e A Décima Segunda Noite) nasceram todas de provocações ou de encomendas das editoras.

Carreira
Questionado se o fato de ser filho de Erico Verissimo o intimidou na hora de escolher a profissão de escritor, ele responde. “Sempre convivi bem com a notoriedade do meu pai, porque ele convivia bem com ela e nunca se deslumbrou com a popularidade. De certa maneira, este traço se refletiu no resto da família. Pelo menos conscientemente, nunca tive esse tipo de problema. Inconscientemente, talvez: comecei a escrever bem tarde, já aos 30 anos, no jornalismo. Talvez o fato de ser filho de escritor me tenha feito achar inconscientemente que eu não podia ser escritor. A vocação se revelou um pouco tarde. Mas na verdade, não senti problema. Tenho certeza de que o fato de ter um sobrenome também me ajudou”.

Entre os inúmeros personagens que criou ao longo da carreira, ele destaca alguns – sem ter paixão mais arrebatadora. “O Analista de Bagé, pela repercussão que teve, é muito importante na minha vida. O Ed Mort, uma paródia literária, foi bom de fazer. Mas não tenho preferência por nenhum desses meus filhos”, fala.

Perfil
Luis Fernando Verissimo nasceu em setembro de 1936. É um dos mais importantes escritores brasileiros da atualidade.

Cronista dos jornais O Globo, Zero Hora e O Estado de S.Paulo, tem seus textos lançados pela Editora Objetiva desde 1999, em coletâneas de sucesso como O Melhor das Comédias da Vida Privada, As Mentiras que os Homens Contam, Banquete com os Deuses e, mais recentemente, O Mundo é Bárbaro. Como romancista, é autor dos best-sellers O Clube dos Anjos e A Décima Segunda Noite, entre outros. Vive em Porto Alegre com a mulher, Lúcia, e tem três filhos.

Serviço
O que: Lançamento do livro “Os Espiões” e sessão de autógrafos com Luis Fernando Verissimo.
Quando: Dia 30 de novembro (segunda-feira), às 19h30.
Onde: Livrarias Curitiba Megastore do Shopping Palladium (av. Presidente Kennedy, 4121, loja 2047, piso L2, Portão, tel. 41-3330-6749).
Quanto: A entrada é franca. Desde o dia 21 estão sendo distribuídas 200 senhas nas oito lojas da rede na capital paranaense. Cada senha dá direito a dois autógrafos por pessoa. Somente quem tiver a senha e o livro poderá pegar autógrafo com o autor.

Mais informações:
Grupo Livrarias Curitiba
Jornalista / Assessor de Imprensa: João Alécio Mem
Tel. 41-3330-6792 / 9124-9748
Fax 41-3330-5132
E-mail: imprensa@livrariascuritiba.com.br
Site: http://www.livrariascuritiba.com.br/





Novo Centro de Atenção Psicossocial atenderá dependentes químicos

Prefeitura vai inaugurar o Caps no próximo dia 27

No próximo dia 27 de novembro será inaugurado em Pinhais mais um Centro de Atenção Psicossocial. Para quem não sabe, o CAPS é um dispositivo de assistência, aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde, que faz parte da rede de saúde mental. Atualmente o município conta com o CAPS II, destinado ao atendimento de pessoas portadoras de transtornos mentais, maiores de 18 anos. O novo centro será da modalidade AD que atenderá pessoas portadoras de transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e drogas.

De acordo com a OMS- Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 15% da população mundial apresenta algum tipo de dependência. Em Pinhais é grande a demanda de pacientes com estes problemas, que agora terão um lugar específico para receber atendimento. "O objetivo é oferecer atendimento exclusivo a esta parcela da população. Realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social, por meio do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários", explicou secretária de saúde, Vilma Serra.

O CAPSad oferecerá três modalidades de atendimento para as pessoas que sofrem com o alcoolismo e a dependência química no município. "A forma de atendimento ao paciente será definida de acordo com o estado em que ele se apresente, e será alterada seguindo a evolução do caso", explicou a gerente de saúde mental do município, Adriana Perotoni. Serão oferecidas as modalidades de tratamento Intensivo (cinco dias por semana), Semi-intensivo (três dias por semana) e Não intensivo (três vezes ao mês).

A previsão é que a novo Centro atenda 190 usuários por mês, sendo 40 em regime de tratamento intensivo, 60 no semi intensivo e 90 no não intensivo. "A metodologia de trabalho é diferente. Serão desenvolvidas diversas atividades para recuperar os pacientes, e evitar o isolamento e internamento deles", comentou, Isoli Poulmann, Coordenadora do CAPSad.O atendimento na unidade será realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por, psiquiatra, clínico geral, enfermeiro, psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social, técnicos de enfermagem, oficineiros e assistente administrativo.

Qualquer pessoa do município que tiver problemas com dependência e precisar de atendimento, pode procurar a Unidade de Saúde mais próxima da sua casa ou ir diretamente ao CAPSad que ficará na rua Antonio Andrade, n° 153, Vila Maria Antonieta.

Fonte: Assessoria/Prefeitura Municipal de Pinhais

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Twitter X Orkut

O Orkut começa a sair da moda e a perder força em média semanal de visitas. E o seu inimigo nem é o Facebook, como poderíamos imaginar. Segundo pesquisa feita pela InPress Porter Novelli em parceria com a empresa de monitoramento E-life, o brasileiro acessa o Orkut entre duas a quatro vezes por semana, em média. Já o Twitter, que exige interação praticamente em tempo-real, recebe visitas de um mesmo usuário até 7 vezes na mesma semana, indicando hábito diário. Apesar da queda, o Orkut ainda é a rede social com o maior número de usuários cadastrados no Brasil: quase 90%, contra 80% do Twitter e YouTube, e 57% do Facebook. A pesquisa ainda ressalta que a forma de interação do usuário com o site varia entre as redes analisadas, com o Twitter sendo mais usado para a leitura de notícias, enquanto o Orkut serve para contato entre amigos.

Fonte: Bem Paraná

Editoras avaliam bloqueio ao serviço de notícias do Google

Bloomberg, de Nova York e San Francisco
25/11/2009


Editoras dos jornais americanos "Denver Post" e do "Dallas Morning News" devem retirar algumas de suas reportagens do site de notícias do Google, seguindo o exemplo da News Corporation, dona de títulos como "Times", de Londres, e o "New York Post". A News Corporation avalia bloquear o sistema de pesquisa do Google e negocia com a Microsoft a exibição de seu conteúdo no site de buscas Bing, afirmaram ontem fontes familiarizadas com a negociação.

O Grupo MediaNews bloqueará o Google News quando ele começar a atrair leitores na Pennsylvania e na Califórnia para acessar o conteúdo on-line no próximo ano, afirmou o presidente do grupo, Dean Singleton. Dona do "Morning News", a A.H. Belo Corporation também pode adotar taxas para acesso ao conteúdo on-line e bloquear o Google, afirmou seu vice-presidente, James Moroney. O bloqueio do site seria parte de uma estratégia mais ampla, disse.

Editoras estão se voltando contra o Google, que exibe gratuitamente manchetes e trechos das reportagens em seu site de notícias. O chefe da divisão de notícias do Google, Josh Cohen, afirma, porém, que menos de 1% das editoras optaram por não participar do serviço. "A razão porque eles não optam por ficar fora do serviço é que estão ganhando algo nessa relação", afirmou Cohen.

Menos de cem editoras bloquearam completamente seu conteúdo na pesquisa do Google News. As editoras americanas registraram queda de 28% na receita com publicidade impressa e on-line no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo intervalo do ano passado, informou a Associação de Jornais da América.

Fonte: Valor Online

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Clipping de clipping

Um seleção de materias interessantes coletados em nosso clipping. Clique aqui e aproveite a leitura!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Linha dura contra aluno agressor

Projeto de lei prevê transferência para aluno que agride professor e multa para escola
Publicado em 19/11/2009 Tatiana Duarte

Um projeto de lei que tramita no Senado, em caráter conclusivo, cria medidas de proteção para o professor agredido, prevê punições para o aluno que comete agressão e ainda possibilita a aplicação de multa contra o estabelecimento de ensino que não der conta de resolver conflitos originados da relação entre aluno e professor. Aprovado pela Comissão de Educação e Cultura do Senado, o Projeto 191/2009, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), segue para aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser encaminhado para apreciação na Câmara dos Deputados.

Paim diz que usou como base em sua elaboração um estudo desenvolvido na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) que traça as situações de violência nas escolas e mostra que educadores se sentem desprotegidos para exercer suas atividades. “Historicamente nossa sociedade culpa o professor. É preciso haver uma medida que o resguarde. O professor não pode ser tratado como um ser de segunda categoria”, diz Paim.

Preocupante

Na opinião da presidente da APP-Sindicato (entidade que representa os professores da rede pública estadual no Paraná), Marlei Fernandes, é preocupante que uma proposta com este teor esteja em discussão. Para Marlei, o foco não deve estar na violência já instalada, mas na prevenção. “Há muito tempo temos dito e apresentado à sociedade que a violência social afeta a escola pública. O melhor seria ter políticas públicas que garantissem condições para que os educadores encaminhassem alunos para programas alternativos”, afirma. O presidente da União Paranaense de Estudantes Secundaristas (Upes), Rafael Clabonde, também defende mais investimento em educação. “Ambos os atores são reflexos do meio em que vivem”, ressalta.

A psicóloga e coordenadora do Projeto Não Violência, Adriana Cristina de Araújo, ressalta que encontrar culpados só deve acirrar ainda mais o clima entre alunos e professores. “Os professores não estão preparados para lidar com a agressividade dos alunos”, comenta. O projeto trabalha com a criação de cultura de paz em escolas e oferece capacitação para educadores. Outras informações no site www.naoviolencia.org.br.

A proposta

O Projeto de Lei 191/2009, que tramita no Senado, prevê medidas de proteção ao professor e mais punição ao aluno. Entenda:

Violência contra o professor
- É ação praticada contra o professor em exercício de sua profissão. Dá prazo de 48 horas para que caso seja encaminhado ao MP. O juiz pode pedir auxílio da polícia.

Aluno agressor
- Constatada a agressão, pode ser afastado da escola ou da sala de aula. Dependendo do caso, pode ser proibido de se aproximar do professor ofendido ou de sua família.

Escola
- Os estabelecimentos de ensino devem ter mecanismos de solução de conflito entre professores e alunos. O juiz pode impor multa para a escola que não tenha atuado de forma satisfatória.

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Interatividade

Aumentar a punição contra alunos agressores vai diminuir a violência nas escolas?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

Fonte: Gazeta do Povo

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CCJ da Câmara aprova exigência de diploma para jornalistas

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que exige o diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. A matéria será encaminhada para uma comissão especial criada para analisá-la. Se aprovada pela comissão, será votada pelo Plenário em dois turnos. A informação é da Agência Câmara.

A proposta, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi aprovada juntamente com duas matérias semelhantes que tramitam em conjunto, uma de autoria do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) e outra da deputada Gorete Pereira (PR-CE).

Em junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o diploma não poderia ser exigido para o exercício do jornalismo, por entender que isso constituiria ofensa ao princípio da liberdade expressão e informação.

O relator da proposta aprovada hoje, o deputado Maurício Rands (PT-PE), não vê ofensa ao principio constitucional da liberdade de informação. "O dispositivo constitucional, não obstante ser bastante objetivo quando assevera que nenhuma lei poderá conter dispositivos que possam causar embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, não deixa à margem de suas preocupações a necessidade de observância de determinadas qualificações profissionais que a lei estabelecer", disse.

Segundo o deputado, seguiu na mesma linha o voto divergente do ministro do STF Marco Aurélio Mello, que chamou a atenção para a necessária capacitação do jornalista. "O jornalista deve ter uma formação básica, que viabilize a atividade profissional, que repercute na vida dos cidadãos em geral", disse o ministro na ocasião.

Rands afirmou ainda que a alteração constitucional proposta não revoga o direito ao integral exercício e reconhecimento profissional, inclusive sindical, de todos os jornalistas possuidores de registro precário.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Projeto e consultoria grátis para a casa


Entidades que prestam serviços gratuitos na área de construção são opções seguras para quem quer construir ou reformar sem gastar muito
Publicado em 11/11/2009 Rafaela Bortolin, especial para a Gazeta do Povo

Procurar por entidades que pres­­­­tam serviços gratuitos de ar­­quitetura e engenharia civil é uma maneira segura e barata de conseguir orientação na hora de projetar, construir ou reformar. No Paraná, ao menos três insti­tui­­­ções oferecem esses serviços.

O Conselho Regional de Enge­nharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR) ofe­­rece o Casa Fácil: assessoria téc­­nica gratuita para moradias populares. Em mais de 20 anos, a iniciativa já beneficiou 145 mil fa­­mílias em 300 municípios do Pa­­raná. “É importante ressaltar que não construímos as casas. Nosso in­­tuito é deslocar um profissional que orienta o responsável pe­­la obra”, explica Luis Car­los Reis, presidente da Associação dos En­­genheiros e Arquitetos de Campo Largo, uma das 60 entidades-parceiras do programa no estado.

Quem recorre ao Casa Fácil ainda fica isenta das taxas cobradas pelo Crea-PR e não tem despesas com o projeto da moradia. “Em uma obra popular, esse desconto pode render uma economia de até R$ 2 mil”, comenta.

A pessoa deve ter renda abaixo de três salários mínimos e o terreno onde vai construir a casa em seu nome. “A moradia a ser construída deve ter até 70 metros quadrados de área e só pode ser realizada uma edificação por terreno”, explica.

A repositora de supermercado Aracilde Travensoli, moradora de Campo Largo, foi uma das pessoas beneficiadas pelo Casa Fácil. “Meu marido decidiu procurar o programa porque era a forma mais rápida de realizarmos o sonho da casa própria. Em janeiro, nossa expectativa é estar com a casa pronta e decorada”, conta.

Para se inscrever no projeto, o interessado deve procurar a prefeitura local ou a associação de en­­genheiros e arquitetos da cidade.

Sustentabilidade

Já para quem está interessado em tornar seu imóvel mais sustentável, mas não sabe como fazê-lo, uma opção é a consultoria gratuita da Associação Brasileira de Es­­critórios de Arquitetura do Paraná (AsBEA-PR). “Esse trabalho consiste em tirar dúvidas das pessoas sobre sustentabilidade e passar conceitos como economia de luz, energia e água, além de sugerir atitudes que podem tornar a casa menos agressiva ao meio ambiente”, explica Gustavo Pinto, presidente da entidade.

Lançado na 18ª Feira de Imó­veis da Ademi-PR, realizada na semana passada, o serviço não tem data para terminar. “Nos­sa ideia é mantê-lo pelo máximo de tempo possível e atender o má­­ximo de pessoas”. Para se inscrever é só ligar para a Asbea-PR, que fará uma triagem e agendará um horário com um arquiteto.

O Escritório Modelo de Ar­­qui­tetura e Engenharia da Univer­si­dade Federal do Paraná (UFPR), inaugurado há dois meses, é outro exemplo de serviço gratuito na área da construção. É formado por 17 alunos de Engenharia Civil, Elétrica e Arquitetura e desenvolve projetos em parceria com o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), o Crea-PR e o Sindicato dos Arqui­tetos e Urbanistas no Estado do Paraná (Sindarq-PR).

A iniciativa rendeu dois projetos na Lapa, atendendo 108 fa­­mílias do MST. “Nesse caso, acompanhamos a reforma das casas e coordenamos a construção de um novo prédio para a escola técnica local”, explica Fágner Zadra, estudante de Engenharia Civil e presidente do escritório. Os interessados precisam procurar o Senge-PR, que é o responsável pela triagem e organização dos pedidos.

Serviço: AsBEA-PR: (41) 3024-0090 (falar com Vanilma). Crea-PR: 0800-410067. Senge-PR: (41) 3224-7536.

Fonte: Gazeta do Povo

10 ITENS QUE MATAM A PRODUTIVIDADE DIÁRIA - POR CHRISTIAN BARBOSA

Um planejamento semanal bem elaborado pode cair por terra quando as atividades diárias pré-estabelecidas são deixadas de lado por motivos circunstanciais ou urgentes, que atrapalham a produtividade. Será que você tem passado por isso? Confira a lista abaixo e veja com quais itens você se identifica.

1 - E-mail - Ficar com e-mail aberto faz o nível de interrupções ficar intolerável, aumenta a ansiedade e a sensação de atividades por fazer. Recomendo definir períodos para lidar com as suas mensagens sendo que no resto do tempo o caixa deve ficar fechada.

2 - Não ter clareza sobre o que fazer - O que você precisa fazer primeiro? Você sabe pelo menos 80% do que deve ser feito hoje? Se não souber responder a essas perguntas, com certeza vai se perder em tarefas circunstanciais.

3 - Estou em Reunião - Uma pesquisa feita pela Triad Consulting, empresa dá qual sou diretor, demonstra que 1/3 das reuniões podem ser canceladas. Então: dieta de reuniões já! Quanto menos, melhor. Se tiver de fazer, seja objetivo, defina pontos de discussão e faça durar no máximo 2 horas.

4 - Redes Sociais - Você usa twitter, facebook, orkut, etc? Controle a ansiedade de ficar conectado a essas redes. Utilize eventuais intervalos no dia ou o horário de almoço.

5 - Falta de energia - Você está cansado, sem pique e não consegue se concentrar? A falta de "energia" rouba muitas horas do dia e faz a pessoa "surfar" em atividades circunstanciais. Tenha hobbies, procure um médico, tome um multi-vitamínico, alimente-se em horários regulares, faça sexo (com freqüência).

6 - Falta de foco - Começa uma atividade e em pouco tempo salta para outra tarefas? Se a atividade for grande, quebre em pequenas atividades, feche qualquer outro software que não esteja usando, coloque o celular no silencioso e, se funcionar para você, ouça música.

7 - Navegador cheio de favoritos - Você abre seu browser para ir em um site, esbarra na lista de favoritos e começa a surfar por outros portais? Instale um novo navegador (sugiro o Safari) e não importe os seus favoritos. No novo browser, com a lista de favoritos zerada, você perde a tentação de ficar navegando a toa.

8 - Messenger, Wave, GTalk, etc - A regra é simples: está ocupado? Fique com status invisível ou offline. Está tranquilo? Fique ausente ou ocupado. Está com tempo para conversar? Fique disponível.

9 - Interrupções - Se muita gente interrompe você, pode ser porque sua comunicação não anda muito adequada. Faça uma revisão de como redige os emails, concede informações e delega atividades.

10 - Tarefas imprevistas, convites inesperados e favores - Que tal falar NÃO de forma concreta (baseado em planejamento X disponibilidade)? Se muitas tarefas imprevistas surgem na sua rotina, é possível que o nível de planejamento não esteja adequado. Repare em quais dias da semana você tem mais imprevistos e utilize isso a seu favor.

*Christian Barbosa - Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é fundador da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. Autor dos livros A Tríade do Tempo e Você, Dona do Seu Tempo, Estou em Reunião e co-autor do Mais Tempo, Mais Dinheiro.

www.triadedotempo.com.br e www.maistempo.com.br

Fonte: MaxPress

Órgão de imprensa pede à Argentina que revise lei de mídia

SILVANA ARANTES
da Folha de S. Paulo , em Buenos Aires


A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) pediu a revisão pelo Congresso argentino da recém-aprovada Lei de Serviços Audiovisuais e considerou-a "um indício da deterioração da liberdade de imprensa nas Américas".

A resolução da SIP foi divulgada nesta terça-feira, em Buenos Aires, no encerramento da 65ª assembleia geral da entidade, que reuniu cerca de 500 jornalistas e editores de diversos países, desde a última sexta-feira.

Preocupada com as "consequências negativas" da lei argentina para "a liberdade, a diversidade e a sustentabilidade dos meios de comunicação", a SIP apela aos legisladores que assumirão no próximo mês para que façam uma reforma no sentido de dotar a lei de "critérios razoáveis e condizentes com os parâmetros internacionais em vigor" sobre o tema.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, diz que a Lei de Serviços Audiovisuais tem por objetivo "desmonopolizar o setor" e ampliar o acesso à propriedade de rádios e TVs. Na prática, a lei desfavorece o Grupo Clarín --maior conglomerado de mídia argentino, crítico ao governo--, que terá de reduzir seus negócios no mercado de TV, segundo os limites fixados pela nova lei.

Procurado pela Folha , o governo argentino disse que não pretendia se manifestar sobre a resolução da SIP.

Brasil

O relatório da SIP menciona a censura prévia a que está submetido o jornal "O Estado de S. Paulo" como "um vexame para a democracia brasileira".

O jornal está proibido pela Justiça de publicar dados sobre investigação da Polícia Federal envolvendo Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A SIP pede que se "restaure a total liberdade de imprensa no Brasil, cuja Constituição proíbe restrições prévias aos meios de comunicação". À família Sarney a SIP "expressa a decepção" por usar "mecanismos que contradizem e violam os direitos de informar e ser informado, que são pilares de um sistema democrático defendidos por essa família no passado".

O presidente do Senado divulgou nota em que critica a conclusão da SIP. "A nota da SIP é tendenciosa e não honra seu nome. Ninguém numa democracia tem o privilégio de não ser demandado na Justiça. Não é verdade que a família Sarney --figura inexistente no direito e no caso concreto-- tenha feito qualquer restrição ao jornal "O Estado de S. Paulo"". A decisão é da Justiça, a que todos somos submetidos, e a ação proposta é de absoluta responsabilidade de meu filho Fernando Sarney, maior de 54 anos de idade e responsável por sua atitudes."

Entre os "incidentes sobre liberdade de expressão" registrados no Brasil pela SIP, figura ainda a proibição pela Justiça do Rio de Janeiro ao colunista da Folha José Simão de escrever sobre a atriz Juliana Paes. Imposta em julho, a proibição foi revogada em setembro.

Outros países

O relatório "denuncia" a Venezuela, pelas "leis violadoras dos princípios democráticos" e confere "a mais profunda condenação à suspensão das garantias constitucionais, que derivaram no desrespeito à liberdade de imprensa, entre outras restrições" em Honduras após o golpe de Estado de 28 de junho deste ano.

Uma resolução exorta Evo Morales a se abster de insultar jornalistas e meios de comunicação --o presidente boliviano reagiu ainda ontem dizendo que a SIP deveria "educar alguns jornalistas" para que o respeitem.

Preocupam a SIP também as restrições à liberdade de imprensa em Cuba e no Equador (veja quadro nesta página).

"Em todo o continente se observa uma injustificada tendência ao autoritarismo", diz o documento da SIP.

Fonte: JusBrasil

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Vale-Cultura rumo à aprovação na Câmara dos Deputados

Dois dos quatro relatores do Projeto de Lei que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o Vale-Cultura (PL 5798/2009), deputados federais Flávio Dino (PCdoB-MA) e Manuela D’ávila (PCdoB-RS), apresentaram pareceres favoráveis à criação do mecanismo para os trabalhadores.

Dentre as seis emendas sugeridas pela deputada Manuela D’Avila, relatora do PL na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), estão a extensão do benefício a estagiários e a servidores públicos federais – bem como a servidores estaduais, municipais e do Distrito Federal, conforme orçamento de cada ente. A deputada também propôs a obrigatoriedade do fornecimento do Vale-Cultura a todos os trabalhadores com deficiência que recebam até sete salários mínimos mensais.

Já o relator do Vale-Cultura na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), Flávio Dino destaca em seu relatório a ‘elevada qualidade do projeto’ e diz que a iniciativa merece o apoio da Câmara. Tanto Dino quanto D’Avila rejeitaram as emendas do deputado federal Deley (PSC-RJ), que propôs a inclusão de eventos esportivos entre os benefícios do Vale-Cultura.

Como o PL do Vale-Cultura tramita em regime de urgência constitucional, o projeto é analisado simultaneamente nas Comissões Educação e Cultura (CEC), Finanças e Tributação (CFT), na CTASP e na CCJC. As comissões devem votar os pareceres dos relatores na próxima semana, já que a partir de terça-feira (13) o PL “tranca” a pauta de votação da Câmara.




(Texto: Sheila Rezende e Renina Valejo, Ascom/MinC)
Fonte:
blogs.cultura.gov.br